Mais de 50 cães foram encontrados presos em jaulas enferrujadas e em péssimas condições em uma fazenda na Coreia do Sul. Os animais eram criados e mortos para consumo humano. Os cachorros encontrados no local foram obrigados a ver outros animais serem mortos. Eles estavam profundamente traumatizados, assustados e sob estresse intenso.
O local já havia sido interditado no passado, mas continuou funcionando ilegalmente. A fazenda, localizada na cidade de Yongin, era administrada por quatro homens. Os animais encontrados estavam há dias sem acesso à agua ou à comida. Além de desnutridos e desidratados, os cães sofrem com doenças de pele, parasitas e ferimentos.
Quando a equipe de resgate se aproximou dos cachorros, eles foram para os fundos das jaulas tremendo e chorando. A organização Humane Society International (HSI) afirma que, infelizmente, esses locais ainda são comuns na Coreia do Sul e que esses animais, muito provavelmente, nunca conheceram a liberdade ou sentiram amados.
Autoridades sanitárias do país queriam sacrificar os animais, mas graças à intervenção da HSI os cães foram salvos e estão recebendo cuidados veterinários. Quando estiverem reabilitados, os cachorros serão encaminhados para adoção responsável em outros países. A organização está pressionando para que uma legislação seja introduzida no país para acabar com o comércio de carne de cachorro.
“Esses cães estavam em um estado lamentável, magros e assustados e vivendo em condições terríveis. Foi chocante ver equipamentos de eletrocussão e facas abandonados. Fico horrorizado ao pensar quantos cães perderam a vida lá. Quanto mais cedo pudermos acabar com a indústria de carne de cachorro, mais cedo poderemos ver o fim dessas cenas lamentáveis de sofrimento”, disse Nara Kim, gerente de campanha da HSI.
Segundo a organização, cerca de 2 milhões de cães são mantidos em cativeiros em fazendas do país. Uma pesquisa feita pela HSI aponta que 84% dos sul-coreanos não comem carne de cachorro e não têm interesse em consumir. Uma grande parte da população enxerga cães e gatos como animais domésticos e acha bárbaro que os animais sejam mortos para consumo.