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PROTEGIDOS

Cachorros caramelos que se abrigaram em presépio em Minas Gerais têm nomes, rotina e são cuidados por moradores

Caramelo, Léo e Tigrado não têm um lar fixo, mas contam com vacinação, alimentação e rotina monitorada por voluntários de Pará de Minas. A presença deles no presépio reforçou a relação afetiva da comunidade com os animais.

4 de dezembro de 2025
Anna Lúcia Silva
4 min. de leitura
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Caramelo, Léo e Tigrado. Foto: Matheus Vieira/Arquivo Pessoal

Os cachorros caramelos que viralizaram após se abrigarem um presépio em Pará de Minas são velhos conhecidos da população. O trio Caramelo, Léo e Tigrado costuma circular por praças, avenidas movimentadas e pelo Parque Bariri. Mesmo sem um lar fixo, eles recebem cuidados constantes de moradores que acompanham a rotina dos animais há anos.

O mais conhecido deles é o Caramelo, que aparece brincando entre os enfeites e bebendo água da montagem. Moradores afirmam que ele está tão presente no cotidiano da cidade que costuma aparecer em eventos públicos, como missas, manifestações, corridas de rua, jogos esportivos e celebrações na praça.

“Ele já foi adotado uma vez, mas fugiu. A liberdade combina mais com ele”, conta o morador Matheus Vieira, que, junto da esposa e de outros voluntários, cuida dos cães há pelo menos cinco anos.

Segundo Matheus, o cuidado é coletivo. Moradores da região se revezam para oferecer ração, água e até abrigo momentâneo. Os animais são vacinados, vermifugados e protegidos de riscos comuns da rua, como brigas com outros cães e encontros com ouriços.

“Eles não têm um lar com paredes, mas têm a nós, que olhamos por eles”, afirmou Matheus.

A presença dos três cães no presépio não surpreendeu quem vive em Pará de Minas. Para muitos, a cena só reforçou o quanto eles já fazem parte do dia a dia da cidade. “O Caramelo mais claro está sempre por perto. Ele circula entre as pessoas como se participasse de tudo”, destacou Matheus.

O episódio, que rendeu risadas e encantou moradores, agora também ganhou espaço na internet e mostra a espontaneidade dos cachorros e a relação afetuosa da cidade com os três.

“Invasão” ao presépio

As imagens, compartilhadas nas redes sociais, chamaram atenção pela fofura dos animais. Inocentes, eles brincaram com o tecido que cobria a manjedoura, deitaram ao lado de uma das imagens e até beberam água na pequena lagoa com peixes no espaço.

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