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Cachorros abandonados "somem" de aterro em Divinolândia (SP), afirmam voluntários

6 de outubro de 2011
4 min. de leitura
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Lixão de Divinolândia, no interior de São Paulo, vira depósito de cães abandonados. Foto: Meline Nogueira/Divulgação

Voluntários que cuidam de cachorros abandonados no aterro sanitário de Divinolândia (264 km de São Paulo) afirmam que metade dos 120 animais que viviam no local desapareceu. Entre os animais que sumiram estão 30 filhotes. O sumiço ocorreu na madrugada de segunda (3) para terça-feira (4), segundo a secretária Milene Nogueira, 27.

No último final de semana, os voluntários improvisaram abrigos e bebedouros para os cães. A água era trocada por um catador de material reciclável. “Na terça-feira de manhã tomamos um susto. Os abrigos sumiram. Passaram uma máquina e tudo foi aterrado”, afirmou Milene.

Estima-se que o lixão de Divinolândia, no interior de São Paulo, abrigue cerca de 90 cachorros. Foto: Meline Nogueira/Divulgação

A situação dos cachorros de Divinolândia foi tema de reportagem do UOL Notícias no dia 14 de setembro (Lixão é transformado em “depósito de cães” em cidade do interior de SP). A notícia chamou a atenção de voluntários de cidades próximas de Divinolândia e de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

A relações públicas Fabíola Terra, de Ribeirão Preto, afirmou que já tinha conseguido 300 quilos de ração para levar para os animais que vivem no lixão. A ideia, diz, era levar os filhotes para Ribeirão Preto e disponibilizá-los para adoção. “Quatro veterinários iam colaborar com a gente”, afirma Fabíola.

Entre os cachorros abandonados no lixão de Divinolândia, no interior de São Paulo, há tanto adultos como filhotes. Foto: Meline Nogueira/Divulgação

O chefe de Gabinete da Prefeitura de Divinolândia, Gilmar Conceição de Souza, 25, disse que os abrigos dos cachorros foram demolidos pelo Departamento de Obras do Município.

“E se construírem mais, vamos demolir de novo. Lá é um aterro sanitário, não é um lugar qualquer. Se a prefeitura não mantiver a área em condições adequadas, pode ser multada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).”

Cachorros que vivem no lixão de Divinolândia, no interior de São Paulo, enfrentam diversos doenças --entre elas a sarna. Foto: Meline Nogueira/Divulgação

Souza diz que não procede a informação de que cachorros sumiram. “Nós vamos fazer um boletim de ocorrência para isso ser investigado. Está o maior falatório aqui na cidade. Isso configura calúnia, e os responsáveis devem responder por isso.”

Ainda de acordo com o chefe de Gabinete, não existiam 120 cachorros no lixão, mas, no máximo, 40. Ele afirmou que um veterinário, a pedido da prefeitura, vem dando assistência aos cachorros.

No próximo sábado (8), o município realiza concurso para a seleção de um veterinário, mas não está nos planos da prefeitura construir um canil. “São pessoas de outras cidades que soltam os animais aqui”, afirmou.

A maioria dos cachorros que vivem no lixão de Divinolândia, no interior de São Paulo, sofre de fome. Há casos inclusive de morte. Foto: Meline Nogueira/Divulgação
Apesar da precariedade da vida dos cachorros que vivem no lixão de Divinolândia, no interior de São Paulo, alguns voluntários deixam água e ração no local três dias por semana. Foto: Meline Nogueira/Divulgação
Os animais que vivem no lixão de Divinolândia, no interior de São Paulo, também são cuidados pelos os funcionários do local. Foto: Meline Nogueira/Divulgação
Com o número de cachorros que vivem em condições precárias no lixão de Divinolândia, no interior de São Paulo, a Vigilância Sanitária da cidade informou que vai tentar organizar uma ação para resolver o problema. Foto: Meline Nogueira/Divulgação
Para tentar resolver a situação dos cachorros abandonados no lixão de Divinolândia, no interior de São Paulo, a Vigilância Sanitária da cidade irá contratar um veterinário para atuar no caso. Foto: Meline Nogueira/Divulgação

Fonte: UOL

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