Um cachorro sobreviveu após ser trancado em um banheiro e ter seu corpo incendiado dentro do cômodo. O crime brutal foi cometido pelo ex-namorado da antiga tutora do animal. À polícia, o homem confessou as agressões e disse que tentou matar o cão em retaliação à decisão da mulher de romper com o relacionamento.
Em sua própria casa, o rapaz prendeu o cão no banheiro junto de móveis velhos de madeira e, em seguida, jogou etanol sobre o animal e ateou fogo. Gravemente ferido, o cachorro conseguiu fugir, mas passou dias perambulando pelas ruas até ser resgatado.
“O cachorro fugiu. Ele deve ter ficado aproximadamente de três a sete dias com ferimentos graves, até o momento em que uma vizinha chamou o Corpo de Bombeiros e ele foi socorrido”, contou ao Estado de Minas o delegado Thiago Gomes Ribeiro.
“Os veterinários realizaram um excelente trabalho, o cachorro estava realmente bem debilitado, corria um grande risco de vida. É um ato de extrema crueldade. Um indivíduo desses não está apto para o convívio social”, continuou.
Responsável pelo tratamento do cão, o veterinário Thiago Maijer informou que Capitão, como passou a ser chamado, ficou internado por um mês e precisou passar por reabilitação comportamental por conta da violência sofrida. “Animais vítimas de maus-tratos não podem ser encaminhados para qualquer adotante, em razão dos traumas sofridos, o que pode vir a gerar agressividade”, explicou.
Fim do sofrimento
Como Capitão havia sido deixado com o agressor pela ex-namorada, a polícia decidiu não entregá-lo à antiga tutora e, por isso, ele foi disponibilizado para adoção. O animal acabou sendo adotado por uma estudante de medicina veterinária e agora poderá viver livre de crueldade.
De acordo com o delegado Thiago Gomes, a sanção da lei que aumentou a pena para crimes cometidos contra cães permite que a polícia trablhe de forma mais incisiva.
“Dentro da nova lei, é possível uma repressão mais contundente em relação a esses casos. No caso dos maus-tratos, a pena de reclusão é de dois a cinco anos”, explicou.