Rambo, o SRD que se mudou para um cemitério no interior do Paraná após a morte do tutor, foi adotado pelo próprio coveiro, Sidinei Ramos, depois que vários candidatos desistiram de ficar com o cachorro.
As esperanças de adoção foram descartadas pelo comportamento dos candidatos. Ramos afirmou ao UOL Notícias que os interessados na adoção “mudavam de ideia quando viam que o cão era um vira-latas”.
“Teve muita gente que ligou e veio ao cemitério, se interessou pelo Rambo, mas quando viam o cão, não gostavam da aparência dele e iam embora. Por isso não vou deixar ele sair daqui”. A intenção do coveiro era entregá-lo para que ele pudesse ter um novo tutor e não ficar perambulando pelo cemitério, mas o animal foi se adaptando ao lugar.
“Como ele já está acostumado aqui no cemitério, o Rambo vai ficar por aqui mesmo. Eu tenho cachorro em casa, gosto de animais, e cuidar de mais, um para mim, não é nenhum problema”, disse o coveiro de Mamborê (482 km de Curitiba). Moradores da cidade, ao saber da história, também se dispuseram a ajudar o coveiro com ração para alimentar o cãozinho.
Outro exemplo da adaptação ao cemitério é que Rambo não dorme ao relento. Segundo o coveiro, o cachorro arrumou uma gaveta vazia (jazigo de concreto em forma de armário para guardar um caixão) para se abrigar durante a noite e em dias de chuva.
Rambo ganhou o apelido do próprio coveiro. Quando o cachorro apareceu, sempre ficando próximo ao túmulo do antigo tutor, que morreu há quatro meses, o cãozinho apresentava um comportamento violento, principalmente se outros animais aparecessem na área. Mas, segundo Ramos, Rambo está mais calmo agora, até pelo fato de ter se ambientado à nova região que escolheu para viver.
Fonte: Terra