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Cachorro que perdeu a tutora comove funcionários de hospital no Recife (PE)

14 de março de 2014
3 min. de leitura
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(Foto: Reprodução/TV Globo)
(Foto: Reprodução/TV Globo)

Desde dezembro o cachorro Rossi não sai da porta da Maternidade Barros Lima, no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife. Ele chegou ao local acompanhando a tutora, mas ela morreu alguns dias depois de ter sido internada — mas o animal continua esperando por ela do lado de fora da unidade de saúde. Vagando de um lado para outro do estacionamento, o cachorro passa em frente à emergência, vai embora e depois volta, todos os dias.

“Ele veio acompanhando a tutora dele, que foi atendida na emergência e faleceu. Era uma paciente asmática, que já tinha vindo várias vezes. Dessa vez, a tutora não saiu”, informou a pediatra da Barros Lima, Bernadete Oliveira.

Os funcionários da maternidade disseram que localizaram a neta da tutora do cachorro e pediram para ela ir buscar o animal, mas a jovem disse que não tinha interesse pelo animal. Também tentaram tirá-lo do local, mas ele voltou para a unidade de saúde.

O auxiliar de serviços gerais Marcos Félix Batista é um dos funcionários da maternidade que cuida do cão. Ele disse que tem um carinho especial pelo animal. “Aqui, botaram o nome dele de Rossi e ele atende. Tentaram levar, mas ele não sai daqui da Barros Lima, pois é muito apegado à galera daqui. A turma gosta muito dele”, garante.

Adoção ou abrigo

A direção da unidade de saúde sabe que o local não é ideal para criar um cão e espera que o animal seja adotado. Segundo Adriana Maciel, diretora da maternidade, uma ONG já foi procurada, por meio da Secretaria de Saúde. “Queria realmente conseguir um destino bom para ele, uma adoção ou um albergue que tivesse condições de tratar bem. A gente recorreu à Secretaria de Direitos Animais, que é quem poderia de fato nos dar esse suporte. Até agora não conseguimos porque os albergues estão muito cheios, mas já estamos no aguardo. Ou uma adoção, já que a gente entrou em contato também com algumas ONGs”.

Para a veterinária Milena Branco, o cachorro não sai da porta da maternidade porque ainda não entendeu que a tutora morreu. E caso não seja adotado, pode esperar durante anos. “Tem muito a ver com lealdade e amor, né? Esse animal adotou a tutora como uma mãe. Para ele, é uma mãe, uma pessoa que cuida, dá carinho, dá afeto. Cadê essa pessoa agora? Ele foi lá realmente procurar e está esperando ela sair, para levar ele para casa, onde viviam normalmente”, explicou.

A veterinária alerta: a retirada dele do local deve ser feita com cuidado. “Não é de um dia para outro, sedar o animal e o levá-lo para uma casa onde ele nunca viu ninguém e tudo é diferente. Tem que estudar realmente o comportamento desse animal para conseguir tirar e levar para um lar tranquilo”.

A Secretaria Executiva dos Direitos Animais e a Secretaria de Saúde do Recife afirmaram que estão analisando medidas para recolher o animal, sem causar traumas. Rossi deve seguir para adoção, na próxima feira de animais organizada pela Prefeitura, marcada para o dia 30 de abril na Praça Souto Filho, que fica Rua do Futuro, no bairro da Jaqueira, no Recife. Outras informações pelo telefone: 3355-7708.

Fonte: G1 

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