Um cachorro foi resgatado em estado grave após ser abusado sexualmente no município de Rio Negro, no Paraná. Debilitado, ele foi encaminhado para uma clínica veterinária para receber tratamento médico.
O caso aconteceu na noite de sábado (3) na rua Juvenal Ribeiro da Silva. O local, conhecido como rua da Raia, está situado no bairro Bom Jesus, região que ficou marcada pelo crime que revoltou toda a comunidade.
Idoso, o cachorro de 15 anos foi resgatado pela Associação Riomafra Pelos Animais após uma moradora entrar em contato com a presidente da entidade para solicitar ajuda. Natali Grohs Grochoski relata ter recebido uma ligação de uma mulher que chorava enquanto pedia para o animal ser socorrido.
Uma voluntária da entidade se dirigiu ao local acreditando se tratar de uma vítima de atropelamento, já que a moradora teria afirmado que seu filho ouviu o barulho de um carro deixando o local e, ao mesmo tempo, os gritos de um animal.
“Uma das nossas voluntárias foi imediatamente para o local resgatar o cachorro. Inicialmente, achávamos que se tratava de um atropelamento”, contou Natali ao portal Riomafra Mix.
Miguel, como passou a ser chamado, foi levado para uma clínica onde foi diagnosticado com uma lesão no ânus característica de estupro. Abusar sexualmente de animais é crime previsto em lei.
Com a divulgação do caso nas redes sociais, a história repercutiu e chegou ao conhecimento dos tutores do cachorro, que procuraram os voluntários da entidade e revelaram que o animal havia fugido de casa dias antes de sofrer a violência.
Internado na clínica até a última segunda-feira (5), Miguel recebeu os cuidados necessários até ter alta e ser levado de volta para casa, onde se recupera. Embora tenha sobrevivido, ele não está conseguindo andar e sente bastante dor.
“Miguel está com inflamação, sentindo muita dor e à base de antibióticos. Ele não consegue andar e seguirá medicado até se recuperar”, contou a presidente da ONG.
Entidade tenta identificar criminoso
Além de prestar socorro ao cachorro e ajudar a família do animal com o tratamento veterinário, a entidade também está à procura de imagens de câmeras de videomonitoramento da região onde o crime aconteceu. O objetivo é averiguar se o estupro foi registrado pelos equipamentos.
“Estamos tentando com toda a vizinhança imagens de câmeras de segurança para podermos registrar um boletim de ocorrência e identificar quem foi o autor de tamanha brutalidade”, explicou Natali.
Para custear o tratamento do cachorro, a entidade iniciou uma campanha de arrecadação nas redes sociais. Interessados em colaborar devem entrar em contato com os voluntários da ONG através do Instagram @rm.pelosanimais.
“Nossa ONG trabalha exclusivamente com doações e serviços voluntários, por isso a participação da comunidade é muito importante”, concluiu a presidente da entidade.