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Cachorro forçado a engolir molho de pimenta já pode ser adotado

19 de março de 2014
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Filhote que foi forçado a engolir pimenta já passou por exames e está apto para adoção (Foto: Natacha Portal/ G1)
Filhote que foi forçado a engolir pimenta já passou
por exames e está apto para adoção
(Foto: Natacha Portal/ G1)

O filhote de cachorro que foi forçado por três jovens a engolir molho de pimenta passou por atendimento médico e está liberado para adoção. Nesta terça (18), os quatro filhotes recolhidos, dois machos e duas fêmeas, foram examinados e devem passar por tratamento para recuperação dos maus-tratos sofridos.

Um vídeo feito pelo próprio dono do cachorro foi compartilhado em redes sociais no último fim de semana e ganhou repercussão nacional.

Ticiana Librelotto, a veterinária indicada para acompanhar o filhote que aparece no vídeo e mais três outros tutelados pela família, informou que os cachorros chegaram à clínica em péssimo estado.

Todos estão com erliquiose, a chamada “doença do carrapato”, e apresentam sinais de anemia.

“Como não sabemos a data exata do vídeo em que o filhote aparece engolindo molho de pimenta, não identificamos nada diretamente ligado à ingestão. Mas todos chegaram cheios de carrapatos, pulgas, bastante magros e com fome. Sinais evidentes de maus-tratos”, enfatizou.

Os filhotes estão sob responsabilidade do Grupo de Proteção de Animais de Rua (GPAR), entidade que denunciou os maus-tratos. Segundo Sílvia Lira, membro do grupo, várias pessoas já manifestaram o desejo de adotar os animais.

“Eles já passaram por atendimento e foram medicados. A pessoa que quiser adotá-los, deverá se comprometer a seguir o tratamento”, ressaltou.

Ela acrescentou que muitas pessoas estão deixando mensagem na página do GPAR em uma rede social, porém o processo de adoção será rígido, exatamente para evitar que os animais passem por maus-tratos novamente.

“Faremos uma entrevista com a pessoa e deverá ser assinado um ‘termo de adoção’, em que estarão especificadas algumas exigências, entre elas a de que o grupo está liberado para fazer o acompanhamento do animal por no mínimo seis meses”, observou.

Inquérito policial

Kaio Reis, de 19 anos, Nalison Reis, de 21, e Maiony Fróes, de 18, suspeitos de maltratar o cachorro, compareceram à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente nessa segunda-feira (17). Eles responderão a um inquérito policial pela prática de maus-tratos a animais domésticos e, se condenados, poderão cumprir pena de três meses a um ano de detenção.

Os rapazes também foram autuados pela Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Meio Ambiente (SMGA) e cada um deverá pagar multa de R$ 1 mil.

Fonte: G1 

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