Fogos de artifícios disparados em Teresina durante a partida entre Flamengo e São Paulo, no último domingo (24), causaram um ataque de pânico em um dos cães do personal trainer Fábio Costa. O animal se cortou no rosto e perdeu bastante sangue.
Durante o episódio, com tanto medo do barulho, o cachorro quebrou os vidros da porta da casa, na tentativa de se esconder. Os cacos cortaram o rosto dele.
O tutor dele havia saído por alguns minutos e, ao voltar pra casa, encontrou o chão e a porta cobertos de sangue. Fábio tem dois cães da mesma raça, pit bull, mas só o Fred ficou nervoso com o barulho.
“No momento, fiquei na dúvida se teria sido algum outro animal, se eles dois tinham brigado entre si, mas logo eu vi o outro, e ele estava tranquilo”, contou Fábio.
Segundo o tutor, Fred tem reações de medo e demonstrar ter algum trauma com o barulho de fogos e explosões desde filhote. “Desde pequenininho ele sempre demonstrou ter medo de foguetes, se escondia no foguete… ele tem esse trauma com ele”.
A veterinária Ivana Costa explicou que a reação dos cachorros a esse tipo de estímulo pode ser forte porque eles têm uma sensibilidade auditiva muito maior do que a dos humanos. Para eles, o barulho parece bem mais alto.
“Quando um cão ouve um trovão, foguete, aquilo é como se fosse uma explosão muito maior. E também é uma sensibilidade muito particular. Tem animal que vai ter queima de fogos e que não vai responder dessa forma”.
Além do susto, segundo a veterinária, o barulho pode afetar animais que têm outros problemas. “Se o animal já tem algum trauma ou algum problema de saúde como cardíaco, por exemplo, pode chegar a passar mal”, disse a veterinária.
Fogos são proibidos no Piauí
Em 2021, o governo do estado sancionou a lei nº 7.643, que proíbe o disparo de fogos de artifício que produzem o barulho de explosão ou que tenham efeitos sonoros. Fogos que não fazem barulho e possuem apenas o efeito visual continuam permitidos.
A proibição se estende a todo o estado, em recintos fechados e abertos, áreas públicas e locais privados, e pode levar à multa de R$ 1,5 mil para pessoa física e R$ 2 mil para pessoa jurídica. O valor pode dobrar, em caso de reincidência.
O objetivo é proteger pessoas idosas, doentes, bebês, crianças, pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e animais, que são os mais afetados com estouros e estampidos.
Fonte: G1
