Um cachorro da raça pit bull corre o risco de ficar cego por conta de graves ferimentos identificados em seus olhos. O animal foi resgatado na última sexta-feira (20) na cidade de Luziânia, município de Goiás situado no entorno do Distrito Federal.
O cão vivia em condições de maus-tratos em uma propriedade no Jardim Ingá e foi resgatado graças a denúncias. Envolvida no resgate, a advogada Ana Paula de Vasconcelos lamentou o sofrimento imposto ao animal.
“Um dos olhos a gente não tem como ver o globo ocular dele. O outro olho está seco”, explicou a advogada, que integra a Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF). Segundo ela, por conta dos ferimentos, o cachorro pode perder os dois olhos.
Socorrido, o pit bull foi levado imediatamente para uma clínica veterinária e, ainda de acordo com a advogada, “está internado agora”. “Nós buscaremos Justiça para tentar reparar tanta maldade que este animal sofreu”, pontuou Ana Paula em entrevista ao portal Metrópoles.
A advogada explicou ainda que o cachorro já sofria maus-tratos há bastante tempo e que moradores da região, preocupados com o bem-estar do animal e comovidos com o sofrimento dele, fizeram diversas denúncias. Ao saber do caso, Ana Paula conduziu a operação de resgate e acionou autoridades locais.
Um vídeo gravado no dia do resgate (confira abaixo) mostra o cachorro acorrentado dentro de uma casinha feita de tijolos. Além das feridas nos olhos, é possível ver falhas na pelagem do pit bull, que também está bastante magro. Apesar dos maus-tratos, o animal é dócil e se aproxima, abanando o rabo, quando é chamado pela pessoa que registrou as imagens.
De acordo com a advogada, o tutor do cachorro possuía condições financeiras suficientes para arcar com os custos do tratamento veterinário, mas por uma razão desconhecida não o fez. Empresário, Aleandro Lanucio Sousa da Silva, de 39 anos, foi preso em flagrante pelo crime de maus-tratos a animais. Sem direito à fiança, ele deverá passar por audiência de custódia para definir se permanecerá preso ou se responderá em liberdade até o julgamento.
“É uma situação revoltante, ainda mais por se tratar de um tutor com condições financeiras. Nós não sabemos o que levou o animal a ficar nesse estado deplorável, mas é fato que isso não foi da noite para o dia”, comentou Ana Paula, que aproveitou a ocasião para incentivar a população a continuar denunciado crimes cometidos contra animais
“Felizmente, a população não se cala mais diante dessas covardias. E o tutor vai responder conforme previsão legal”, concluiu.
Confira o vídeo (as imagens são fortes):