Um cachorro morreu após ser abandonado em condições deploráveis em frente a uma clínica veterinária na cidade de Xanxerê, no estado de Santa Catarina. Provavelmente vítima de agressão, ele foi descartado à própria sorte na tarde da última terça-feira (23).
O abandono ocorreu por volta das 15 horas e gerou indignação entre os funcionários da clínica e a população em geral. Não houve tempo hábil sequer para tentar salvar a vida do animal.
Ao perceberem que o cachorro havia sido abandonado no local repleto de ferimentos graves pelo corpo, profissionais da clínica foram ao encontro do cão na intenção de socorrê-lo. Apesar do empenho da equipe, não foi possível nem mesmo proporcionar a ele momentos de cuidado e afeto. Isso porque, ao ser aproximarem do cachorro, os funcionários perceberam que ele havia acabado de morrer.
“A veterinária nos passou que as patas de trás estavam com escoriações profundas e que a suspeita é de que ele foi arrastado no asfalto por vários metros. O corpo ainda estava quente, o óbito havia sido recente”, contou ao portal Lance Notícias um protetor de animais que preferiu não ser identificado.
Diante de um crime tão bárbaro, o apelo da população de Xanxerê é para que possíveis testemunhas do crime ou pessoas que conheçam os tutores do cachorro procurem a Polícia Militar e registrem uma denúncia para que o agressor do animal seja identificado e punido.
Lei Sansão
Sancionada no final de 2020, uma nova lei de proteção animal aumentou a pena para crimes cometidos contra cachorros e gatos no Brasil. Antes, esses crimes eram punidos com, no máximo, um ano de detenção, pena que era convertida em alternativas como a prestação de serviços à comunidade.
A legislação recebeu o nome de “Lei Sansão” em homenagem ao pit bull Sansão, que foi brutalmente torturado em Minas Gerais, tendo as duas patas traseiras decepadas. Paraplégico, ele não apenas se recuperou e provou o quão forte é capaz de ser, como serviu de incentivo para a aprovação da lei.
Com o aumento da pena, os criminosos que submeterem cachorros e gatos a maus-tratos poderão ser presos por um período de dois a cinco anos. Eles também poderão ser punidos com multa e com a proibição de tutelar outros animais.
A medida, no entanto, não protege os animais de outras espécies, excluindo a fauna silvestre e animais que são explorados pela sociedade, como galos, porcos, bois e galinhas.