“Por que vocês simplesmente não colocam ele para dormir?”
Esse era o refrão interminável que Leslie Renner, diretora executiva do abrigo da The Humane Society de Preble County, em Ohio (EUA), ouvia como sugestão infeliz quando o assunto “Higgins” surgiu. O morador mais antigo do abrigo passara quase toda a sua vida atrás das grades do canil – mas Renner não ia desistir do mestiço de pastor alemão.
Mais importante ainda, Higgins não queria desistir de encontrar uma casa também.
Higgins veio para o abrigo ainda filhote como um cachorro bem jovem, onde ele foi adotado imediatamente. No entanto, a vida em sua primeira casa estava longe de ser a ideal. Em 2012, Higgins foi devolvido ao abrigo.
“Ouvimos dizer que ele não passava de um cachorro que vivia acorrentado a uma casa de cachorro”, disse Renner ao The Dodo. “Cerca de um ano depois, alguém deu entrada no abrigo com um cachorro perdido – e era ele.”
“Ninguém nunca veio procurá-lo”, acrescentou ela, “ninguém se importou”.
Higgins ficava mais à vontade sem outros animais por perto, o que limitava seu grupo de possíveis adotantes. Renner sabia que ela só tinha que ser paciente até que a pessoa certa aparecesse, mas de novo e de novo, Higgins foi preterido.
“As pessoas estão procurando filhotes ou cachorros com até seis meses”, disse Renner.
“Quando ele voltou, tinha um ano e depois dois e depois três e o tempo continuava a passar”.
Depois de tanto tempo no abrigo, os potenciais adotantes assumiram que havia algo errado com Higgins. Por que mais ele ainda estaria lá todo esse tempo, ano após ano?
“O rosto dele sempre parecia tão preocupado que ele parecia um pouco intimidado quando estava em seu canil”, disse Renner. “As pessoas simplesmente passavam por ele.”
Então, no dia de número 2.381 no cãozinho no abrigo, Brendon Reed entrou e disse: “Estou aqui para levar Higgins para casa”.
Renner ficou chocada.
O rapaz de 22 anos tinha acabado de comprar sua primeira casa, e depois de ver a foto de Higgins on-line e ouvir sua história, Reed sabia que Higgins seria o único cachorro para ele. “Ele era apenas um cachorro lindo”, Reed disse ao The Dodo. “Ele parecia tão fofo eu não sei como ele não foi adotado”.
Depois de seis anos e meio, Higgins finalmente está desfrutando de uma família e uma casa só dele, as mordomias de dormir no sofá, assistir TV, correr em volta do seu próprio quintal e rolar na grama.
Longe do estresse da vida em abrigos, Higgins está aprendendo o que significa ter um pai que o ama e que o faz se sentir seguro e desejado todos os dias.
“Ele é tão feliz, e animado”, disse Reed. “Ele só gosta de brincar.”