A cachorrinha Cleo e o gatinho Oreo, ambos nascidos em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, tem em comum a superação de desafios e um novo recomeço de vida após serem adotados. Além da adoção, eles tem em comum o fato de ambos viverem atualmente no exterior.
A Cleo foi adotada pela esteticista Agnes Himboe, carioca que há 15 anos mora na Dinamarca, país europeu que fica a quase 10 mil quilômetros do Brasil. E foi na terra das Cataratas do Iguaçu, onde ela nunca tinha pisado antes, que encontrou a Cleo.
Tudo começou quando Agnes viu o estado de saúde da cachorrinha nas redes sociais.
“Ela estava num estado deplorável, até absurdo imaginar como uma cadelinha, um animalzinho chega numa situação daquelas, poucas pessoas querem um animal que não está ‘perfeito’, que não é o filhote de raça”, relembrou Agnes.
“Quando a gente viu que ia acabar sendo difícil para ela conseguir uma família boa, que desse para ela uma vida que ela realmente merecia ter, eu pensei ‘vai ser a maior loucura da minha vida, mas vou lá buscar, ela é minha”, contou a esteticista.
Cleo foi encontrada na rua e resgatada pela protetora de animais Carolina Dedonatti. O tratamento começou em janeiro deste ano, e não foi fácil, isso porque Cleo foi atropelada e estava com fratura exposta na patinha e bicheiras no olho e patinha esquerdos, que ela acabou perdendo.
Difícil também foi organizar a mudança internacional. A União Europeia é exigente, especialmente com animais de países onde a raiva não é erradicada, como no caso do Brasil.
Agnes afirma que muita gente a chamou de louca por vir de tão longe para buscar o animalzinho, mas ela não hesitou e fez todos os tramites necessários para poder levar a Cléo para seu novo lar.
“É melhor ela me amar muito essa cachorra, porque olha, foi um processo bem complicado, nem vamos falar do dinheiro, porque o dinheiro a gente gasta e a gente ganha de novo depois”, brincou a esteticista.
Gato brasileiro em Massachusetts
E enquanto a Cleo viaja para seu novo lar, o gatinho Oreo já aproveita a vida no exterior dois anos após ter sido adotado por Harpreet, norte-americana que vive Massachusetts. Os dois se conheceram quando a mulher se hospedou em um hotel em Foz do Iguaçu.
Neste local, dias antes da chegada da turista, o filhote foi abandonado com dois irmãos, após nascer. Equipes do hotel cuidavam no animalzinho, que não gostava muito de aproximação.
“Ficaram só os filhotes, a gente nunca encontrou a mãe, então esses filhotes nasceram ali e todo mundo foi ajudando. Consegui pegar dois e doar e ele foi ficando porque era muito arisco, não queria sair de lá. Acho que estava pressentindo que vinha coisa boa”, relembrou Cristiane Dutra, agora servidora pública que na época trabalhava no local.
A demora para sair da toca permitiu o encontro dele com a família americana, que decidiu adotá-lo. A missão de prepará-lo ficou com a Cristiane, então funcionária do hotel.
“Me pediram para ajudar e eu trouxe aqui para casa, fiz os tratamentos, a vacina e um eles me ligaram e falaram ‘olha, Cris, você pode encontrar a gente em São Paulo?’. Fui para São Paulo com o gato e a gente treinou o gato na coleira e lá encontrei a Harpreet, mãe do gatinho. Eles nunca tiveram gatos antes, foi amor à primeira vista”, relembrou Cristiane.
A Harpreet diz que o Oreo é muito amigável e que a filha se apaixonou por ele, que é muito fofo. Ela contou também conta que, antes de conhecer oreo, nunca tinham pensado em ter um gato.
Fonte: G1