A cachorrinha Many foi levada à Prefeitura de Florianópolis, Santa Catarina, para “assinar” um projeto de lei sobre a leishmaniose visceral, doença que atinge cães e humanos.
A proposta prevê que tutores de baixa renda que optarem por tratar o animal recebem do município o medicamento necessário. A cerimônia de assinatura do projeto de lei ocorreu na manhã de quarta-feira (10/11).
Ela teve a pata carimbada no documento, que será enviado à Câmara de Vereadores. A proposta precisa ser votada em plenário.
A vereadora Priscila Fernandes (Podemos), autora do projeto de lei, é tutora da cachorra.
Projeto de lei
A leishmaniose é transmitida pelo mosquito-palha infectado. A doença não tem cura e o cão doente, mesmo em tratamento, continua sendo portador, informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). Dessa forma, o mosquito, ao picá-lo, fica infectado e pode transmitir o protozoário causador da moléstia para outros cães e pessoas.
Em humanos, ainda segundo a Dive, a doença pode evoluir para a morte. Porém, não foram registrados óbitos de pessoas por leishmaniose visceral em Santa Catarina.
De acordo com o projeto de lei, é considerado tutor de baixa renda aquele que possuir renda familiar de até três salários-mínimos. Atualmente, esse valor seria de R$ 3.300.
Conforme a prefeitura, a atual política pública de saúde no Brasil prevê que a doença é uma ameaça também para humanos e, caso o tutor não faça o tratamento do animal, deve ser considerada a morte induzida do animal.