Elisabete Sarran-Alptec do Brasil
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Depois de ser fiel ao tutor por anos foi abandonada e morando em uma kombi sem cobertura alguma.
Já fiz denúncia no CCZ e no AILA, mas até agora nada resolvido. O plástico preto que está sobre a perua foi colocado pelo meu marido, pois ela estava sob sol e chuva. O ideal seria que se conseguisse um abrigo para ela ficar, porque, ao que me parece, os tutores estão querendo mesmo é “dar um fim” nela. Moramos na zona Norte, Tucuruvi.
Eu vou ajudar e posso contribuir financeiramente para o transporte e para mantê-la em um abrigo quando conseguirmos.
Fiz um texto para pedir ajuda às pessoas:
“Oi! Eu acho que meu nome é Preta. Sou uma cadela da raça Fila e tenho 10 anos. Gostaria de contar minha estória e, quem sabe, conseguir ajuda. Minha tutora teve que devolver a casa onde morávamos e veio morar com o filho. Agora estou morando numa perua Kombi há cerca de 20 dias. Primeiro me colocaram na calçada, amarrada por uma corda com menos de um metro e com focinheira, mas, como sou brava, acharam melhor me colocar na cabine da perua.
Como eu acabei estragando o banco (porque eu tava estressada, não foi por mal), me amarraram na caçamba. A coleira fica amarrada no meu pescoço e eu mal consigo me mexer, não tenho como fazer minhas necessidades fisiológicas. Outro dia eu acabei pulando da caçamba porque queria atenção – nem me lembro, talvez eu estivesse com fome ou com vontade de fazer cocô longe de onde eu fico – mas eu fiquei enforcada e chorei muito.
A sorte é que a vizinha Fernanda me ouviu e pediu ajuda. Ufa, dessa vez eu não morri, mas foi por pouco. Não sei porque meus tutores não me entendem. Eu tentei dizer que ali não estava bom pra mim, que eu precisava de mais espaço e mais carinho, mas só a vizinha Fernanda e alguns outros vizinhos me entenderam, só que não podem fazer muito já que não estou sob a guarda deles.
Agora estou tentando chamar atenção subindo no teto do carro, mas daí não consigo descer, minhas pernas ficam presas e me enrosco toda na coleira. Não tá fácil! Gostaria de mandar uma foto de como estou. Bom, se puderem me ajudar eu ficaria muito feliz, pois poderia ter um final de vida mais confortável.
A Fe já fez denúncias (CCZ e AILA) mas nada aconteceu até agora. Estou sofrendo, sentindo frio porque esses dias a temperatura está muito baixa, mas frio mesmo é o coraçãozinho dos que estão fazendo isso comigo”.
Contato:
Fernanda
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Nota da Redação: Segundo a responsável pela denúncia, a polícia já esteve no local (nesta quinta-feira, 17) e providências estão sendo tomadas. Segundo a autora da denúncia, eles estavam ali porque não encontravam casa para alugar e os tutores da Preta já começaram a mudança para outro local.