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CRIME ORGANIZADO

Caçadores usam grupos no WhatsApp para promover tráfico de animais

25 de novembro de 2021
Carolina Rocha | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

A Polícia Civil, a Brigada Militar, o Ibama e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente realizaram uma operação para acabar com uma organização criminosa responsável por caça, tráfico de animais e armas nesta quinta-feira (25). Segundo o portal GZH, até 10h15min, 14 pessoas haviam sido presas, 300 gaiolas apreendidas e 200 animais resgatados.

De acordo com a apuração da polícia, o grupo possuía grupos de WhatsApp e lojas virtuais no Facebook para realizar o comércio clandestino, por meio da postagem de vídeos e fotos de animais mortos e ofertas de espécies. Nas tabelas de preços, pássaros chegavam a custar R$2,5 mil e cobras R$1,5 mil e incluíam animais ameaçados de extinção. De acordo com o diretor da 2˚ Delegacia Regional Metropolitana, delegado Mario Souza, além da venda de animais, armas também eram comercializadas nas plataformas.

A apreensão foi considerada a maior da Operação Arca, da 2˚ Delegacia Regional Metropolitana, que é uma ação contra maus-tratos aos animais. A delegacia está cumprindo 44 mandados de busca e apreensão e cinco de prisões temporárias em 14 cidades das regiões Metropolitana e Carbonífera e dos vales do Sinos, do Caí e Paranhana, segundo o portal GZH.

A investigação já ocorre a seis meses e houve a prisão de dois suspeitos mais a identificação de 29 pessoas envolvidas com o esquema após denúncias de entidades ambientais. Cinco desses indivíduos foram apontados como os responsáveis pela coordenação da caça e do tráfico.

Organização

Segundo a delegada Tatiana Bastos, responsável pela operação, a ação começou em maio, após uma denúncia da ONG Rede de Proteção Ambiental e Animais (Repraas). Depois de investigações, um casal que vendia um filhote de papagaio por R$ 1 mil em Gravataí foi preso e permitiu a confirmação de uma rede ilegal.

Tatiana também declara que, por meio das lojas das redes sociais, pelo menos dois dos principais caçadores foram identificados – um de Canoas e outro de Barra do Ribeiro. Um deles gravou imagens do abate de uma capivara e de um veado e o outro gravou um vídeo de cães atacando o veado que havia caçado.

Operação

Além dos 29 mandados de busca e apreensão em residência e cinco mandados de prisão, a Justiça também bloqueou as contas bancárias dos investigados. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados devido à Lei do Abuso de Autoridade.

Ao longo do dia, a polícia irá divulgar um balanço do número de presos, de bens localizados e de animais resgatados – os quais foram levados ao Ibama. A delegada frisa que a investigação continua para tentar contabilizar o total de animais abatidos e vendidos, além de identificar os principais locais de caça e compradores.

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