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TRÁFICO

Caçadores morrem queimados após atearem fogo para encurralar animais na Angola

A prática é comum entre os caçadores amadores do país, principalmente na temporada de seca

5 de julho de 2024
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Três caçadores amadores morreram essa semana em Lunda-Norte, província na Angola, após atear fogo em uma zona de caça de animais selvagens. O caso aconteceu no município de Cuílo.

Os caçadores colocaram fogo em capim seco, prática feita para facilitar a caça. A técnica é muito comum na região durante a época de seca para encurralar os animais que depois serão mortos, mas nesse caso se virou contra os caçadores.

A caça amadora de diversas espécies é um grande problema na Angola, e normalmente visa a captura de partes dos animais para o tráfico, como o marfim das presas de elefantes e rinocerontes, que é exportado ilegalmente para outros países.

Apenas no mês de março de 2023, as autoridades do Vietnam anunciaram a apreensão de sete toneladas de marfim oriundo de Angola, descrito como “o maior carregamento deste tipo interceptado nos últimos anos”. Dentro do país, 11 toneladas foram apreendidas desde 2016.

No início deste ano, o país foi alvo de sanções pela Agência de Investigação Ambiental (EIA) por não ter progressos no combate ao comércio ilegal de marfim de elefante desde 2020. A Angola faz parte do Plano Nacional de Ação para o Marfim (NIAP) da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES) desde 2014, que visa reforçar a resposta nacional à caça amadora e ao tráfico através de uma série de atividades legislativas, políticas e de proteção, mas até o momento não teve muito progresso.

Nota da Redação: é um absurdo que a prática cruel e desumana da caça de animais continue, especialmente para o tráfico de partes de seus corpos, como as presas feitas de marfim. É muito importante que os países se esforcem mais para combater esse crime.

A caça e o comércio de marfim são responsáveis por um declínio alarmante nas populações de elefantes ao redor do mundo. Essas práticas não só ameaçam a sobrevivência dessas espécies importantíssimas, mas também destroem ecossistemas inteiros e comprometem a biodiversidade global.

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