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Caçadores matam alce considerado sagrado por tribo indígena

14 de outubro de 2013
3 min. de leitura
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(da Redação)

As comunidades indígenas Mi'kmaq, em Nova Scotia, Canadá, ficaram indignadas com a morte do alce pelos caçadores. Eles postaram esta foto no Facebook e, após reação do público, retiraram a foto. Foto: Daily Mail
As comunidades indígenas Mi’kmaq, em Nova Scotia, Canadá, ficaram indignadas com a morte do alce pelos caçadores. Eles postaram esta foto no Facebook e, após reação do público, retiraram a foto. Foto: Daily Mail

Três caçadores estão tentando se retratar após protestos por terem matado um alce albino raro considerado sagrado pelos povos indígenas Mi’kmaq. Os caçadores, cujos nomes não foram divulgados, assassinaram o animal em Cape Breton Highlands, Nova Scotia (Canadá), durante uma recente viagem para o local. As informações são do Daily Mail.

Eles alegam não terem percebido que o seu “troféu”, como eles chamam o corpo morto do animal, iria provocar indignação entre o povo Mi’kmaq, que acredita que animais albinos são “espíritos”.

A polêmica começou quando o trio levou o corpo do animal para a loja de artigos de caça e serviços de taxidermia de Jim Hnatiuks, em Lantz, para ser “montado”. Eles tinham a intenção de taxidermizar (empalhar) o animal para compor a sua coleção de “troféus”. Foi o dono da loja quem contou aos caçadores que eles tinham cometido um erro grave. Segundo a reportagem, os caçadores disseram a Hnatiuks que não teriam atirado no alce se soubessem que ele significava tanto.

“Até então, eles pensavam que havia sido uma caça bem sucedida, mas há muito mais por trás disso”. Hnatiuks insistiu que os caçadores não sabiam das implicações em matar o raro alce conhecido como “Spirit Moose” (“Espírito”) pela tribo indígena.

Corpo do alce sendo levado para taxidermia. Foto: Daily Mail
Corpo do alce sendo levado para taxidermia. Foto: Daily Mail
Os caçadores devolveram o corpo para que os Mi’kmaq fizessem uma cerimônia sagrada. Bob Gloade, chefe da Primeira Nação Millbrook, disse: “Nós recebemos total cooperação dos caçadores e do sr. Hnatiuks, e eles estão dispostos a participar das cerimônias na próxima semana”.As comunidades da Primeira Nação manifestaram sua ira após os caçadores terem publicado as fotos do alce morto nas redes sociais.Hnatiuks está trabalhando a favor dos caçadores para assegurar publicamente que o corpo do alce foi disposto de maneira considerada respeitosa pela tribo Mi’kmaq.

“A atitude dos caçadores mostra uma disposição em cooperar e uma habilidade para mostrar respeito não só ao povo Mi’kmaq como também à sua cultura e à sua história”, diz Hnatiuks. Além da caça ser um ato cruel com o animal, a tribo Mi’kmaq acredita que isso quebra uma norma não escrita envolvendo uma crença cultural mantida por eles há gerações.

Gloade disse que a única proteção para os animais sagrados é a tradição, mas ele espera que a legislação comece a proteger os animais considerados “espíritos” de serem caçados.

Ele acrescenta que “reconhecer a importância e significado para o povo Mi’kmaq é o próximo passo a ser seguido e é uma maneira de construir um melhor relacionamento entre comunidades indígenas e não-indígenas”.

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