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INDÚSTRIA CRUEL

Caçadores britânicos traficaram 188 partes de animais ameaçados em um ano, mostra pesquisa

Foram mortos animais como elefantes, ursos e leões

3 de julho de 2025
2 min. de leitura
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Elefantes no delta do Okavango, em Botsuana. Foto: AFP

Caçadores britânicos levaram ao Reino Unido, ao longo de um ano, os corpos de pelo menos três elefantes africanos que abateram, além de dezenas de partes de corpos de animais como crocodilos, ursos, leões, babuínos, guepardos e zebras, apontam dados estatísticos.

Em 2023, caçadores do país importaram 188 partes de 28 espécies ameaçadas ou em risco de extinção. No ano anterior, o então primeiro-ministro Boris Johnson recusou a proposta de banir essa prática.

Segundo o jornal “The Independent”, dados da Convention on International Trade in Endangered Species (Cites) mostraram que os “troféus de caça” importados para o Reino Unido em 2023 incluíram:

  • Três corpos inteiros de elefantes africanos, quatro presas, quatro orelhas e quatro ossos, representando pelo menos cinco elefantes;
  • 26 corpos de leões, 21 girafas e cinco peles de zebra;
  • Sete linces, três leopardos e dois pumas;
  • Dois hipopótamos e dois órix-de-cimitarra;
  • Babuínos e macacos-vervet;
  • Partes de dezenas de crocodilos, ursos, civetas, pítons, lobos-da-terra, texugos-do-mel e cabras selvagens.

Boa parte dos animais foi morta em safáris na África. Os leões, segundo o relatório, foram criados em cativeiro, mas quase todas as outras espécies eram selvagens.

Os dois principais partidos do Reino Unido, o Partido Conservador e o Partido Trabalhista, ambos têm promessas de banir importações desse tipo, mas nenhuma proposta avançou.

Especialistas alertam que os elefantes africanos, por exemplo, continuam sob alto risco de extinção.

Além dos caçadores britânicos, turistas de diversos países participaram da caça de animais ameaçados. Em 2023, quase 1800 partes de girafas foram levadas como troféus por caçadores estrangeiros. Os britânicos foram responsáveis por cerca de 10% das espécies em risco abatidas naquele ano.

Fonte: Extra

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