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LEGÍTIMA DEFESA

Caçador morre após búfalo reagir à perseguição durante expedição de caça na África do Sul

Enquanto a indústria da caça lucra com sangue, animais são reduzidos a troféus em um jogo perverso de violência.

7 de agosto de 2025
Júlia Zanluchi
1 min. de leitura
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Foto: VW Pics/Universal Images Group/Getty Images

Um milionário americano e caçador de animais selvagens, Asher Watkins, de 52 anos, morreu após ser atingido por um búfalo durante uma expedição de caça na província de Limpopo, no norte da África do Sul. O caso aconteceu no último domingo (03/08), quando Watkins perseguia um búfalo-africano, espécie que, como tantas outras, foi transformada em troféu por uma indústria cruel.

De acordo com a Coenraad Vermaak Safaris, uma de muitas empresas que lucram com o assassinato de animais, o búfalo reagiu à perseguição, atingindo Watkins com um golpe fatal. O animal, que não havia sido ferido anteriormente, agiu em legítima defesa diante de um caçador armado até os dentes, um confronto injusto que, desta vez, terminou com o oprimido saindo vivo.

Búfalos-africanos estão entre as espécies mais procuradas por caçadores, que os classificam como “troféus perigosos” justamente por sua força e instinto de sobrevivência. Enquanto a indústria da caça os descreve como “troféus cobiçados”, a realidade é que são seres sencientes defendendo suas vidas de humanos maldosos que matam por esporte.

O incidente poderia ser apenas mais uma estatística entre os milhares de animais assassinados anualmente por caçadores. A diferença é que, desta vez, o búfalo sobreviveu, ao contrário de tantos outros executados a tiros, flechadas ou armadilhas por diversão. Enquanto safáris vendem “aventura”, a verdade é que caçar nada mais é do que covardia: humanos armados contra animais indefesos.

O búfalo envolvido no incidente não foi ferido e segue livre. Já a indústria da caça continua vendendo morte como entretenimento, até que a próxima vítima seja feita.

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