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Caçador adota estilo de vida vegano e diz que não quer mais fazer mal a nenhum animal

4 de março de 2020
5 min. de leitura
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Arquivo pessoal

O ex-caçador Terry Munn adotou um estilo de vida vegano e contou sobre o que o motivou a dar uma reviravolta em sua vida em um vídeo para uma campanha da organização Million Dollar Vegan (MDV), iniciativa que visa o reconhecimento dos direitos animais e incentiva pessoas em todo o mundo a adotarem o compromisso de não se alimentar com nada de origem animal por 31 dias como o primeiro passo para uma vida mais compassiva com os mais indefesos.

Além de ajudar aqueles que estão em busca do veganismo com receitas, dicas de nutrição e kits veganos para iniciantes, a MDV também compartilha histórias inspiradoras para mostrar que nada é impossível para aqueles têm o desejo de proteger os animais. Terry cresceu em uma família de caçadores e o veganismo nunca foi algo que ele sequer cogitou em sua vida até ser diagnosticado com colite há seis anos, uma grave inflamação no intestino grosso.

Para combatê-la, o caçador precisou adotar uma dieta livre de ingredientes de origem animal e o que pareceria um grande sacrifício, na verdade demonstrou ser um verdadeiro e satisfatório prazer. A saúde de Terry melhorou muito, ele emagreceu e se sentia melhor a cada dia. Isso fez com o que o então caçador se interessasse cada vez mais por estilo de vida e logo ele se tornou um defensor ferrenho do veganismo e da defesa dos direitos animais.

“Eu cresci em uma família de caçadores. Meu avô que idolatrava era caçador e, ouvindo suas histórias, era natural que eu caçasse. Logo, eu me envolvi com amigos que tinham interesses semelhantes e fizemos um curso de caça. Quando saí para caçar, atirei em cerca de uma dúzia de veados e inúmeros pássaros e me orgulhava de ter certeza que meus tiros eram limpos e perfeitos”, disse no vídeo.

Terry lamenta o sofrimento que causou às suas vítimas. “Todos os animais que atirei, todos morreram violentamente e morreram sofrendo, aterrorizados. Um amigo meu deu um tiro em um cervo e eu me aproximei do animal. Quando estava perto dele, vi que o cervo tentava se erguer sobre suas patas dianteiras enquanto as traseiras haviam sido dilaceradas pelo tiro. Isso me fez ir embora e refletir. Eles [vítimas] basicamente se afogam em seu próprio sangue”, lembra.

O ex-caçador é vegano há dois anos e hoje reconhece que era inconsciente. “Assim que você vê os benefícios e chega o despertar, as mentiras que lhe dizem as grandes empresas e grandes autoridades começam a se tornar óbvias”, reforça. Ele nunca mais teve surtos de colite, seu colesterol se equilibrou e ele finalmente tem uma vida saudável. E diz ainda que outro ponto vital é que não quer mais ferir seres inocentes: “Eu amo animais e não quero mais machucá-los”, pontua.

E completa: “Pode parecer estranho dizer que você é grato por contrair uma doença, mas foi isso que abriu meus olhos para os horrores que estão acontecendo na indústria que explora animais para consumo. Então, acho que sou grato por isso, porque agora eu realmente não sofro disso e não contribuo para os horrores da indústria pecuária”, conclui.


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