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Caça leva palanca-negra-gigante a risco de extinção na Angola

12 de abril de 2019
2 min. de leitura
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A palanca-negra-gigante, subespécie rara de antílope, está ameaçada de extinção. Com apenas 200 animais vivendo na Angola, a sobrevivência da palanca é afetada pela caça, que ocorre devido à falta de fiscalização em parques e zonas de conservação.

Foto: Reprodução / Portal Observador

O secretário de Estado do Ambiente angolano, Joaquim Manuel, conta que os cerca de 200 animais existentes vivem no Parque Nacional da Cangandala e na Reserva Integral do Luando, na província angolana de Malanje, e “continuam ameaçados e em fase decrescente”. As informações são da Agência Lusa.

“O número que temos hoje indica que o pico continua decrescente e temos de elevá-lo. Hoje temos por volta de 10%, em comparação com a época colonial, e teríamos de ter um número suficiente por volta de 70% para assim podermos acautelar sua continuação”, disse.

O secretário disse também que, apesar do risco de extinção, as ações de conservação da espécie “melhoraram, substancialmente, desde 2003” e afirmou que, atualmente, pode-se falar em “uma recuperação” da espécie.

“Mas ainda está ameaçada. Existe um Plano de Gestão para os próximos cinco anos e isso é muito bom, porque já se pode avançar para outras atividades que não poderíamos desenvolver, como o ecoturismo, que poderá trazer os fundos para a conservação. Queremos levar o turismo para essas zonas para dar a conhecer o animal e arrecadar alguns recursos”, adiantou.

A caça, somada à incapacidade dos fiscais atenderem a 100% dois oito parques nacionais e das quatro reservas naturais do país, preocupam as autoridades ambientais de Angola. Atualmente, 1,6 mil fiscais trabalham em prol da conservação da palanca. Para ter um maior controle das áreas, seriam necessários 8 mil fiscais, segundo o Ministério do Ambiente.

“Só este dado dá para ver a diferença da necessidade gritante da quantidade de fiscais que ainda necessitamos. Hoje já se fala que, esse número de 8.000 fiscais poderia ser reduzido em 50% se se inserir as novas tecnologias”, disse. “A inserção do ecoturismo vem também no sentido de termos uma capacidade financeira para aumentarmos o número de fiscais nessas zonas”, acrescentou.

Com a apresentação do Plano de Gestão do Parque Nacional da Cangandala, em 2o18, defendeu-se a “necessidade da revisão dos limites” do parque para 85.000 hectares para “melhor conservação” das espécies. Para o secretário, essa revisão precisa ser feita para “melhor conservação do seu ecossistema e acompanhamento dos assentos populacionais que ali se encontram”.

“Visa que as comunidades que estão dentro das áreas de conservação saiam. Isso é que nos levou a fazer uma revisão da lei. A alteração está sendo feita e penso que até maio teremos a lei aprovada para que as comunidades inseridas nessas áreas tenham um tipo de atividade”, explicou. “Na Quiçama, temos população dentro do parque, infraestruturas alheias à conservação, temos uma estrada nacional que divide o parque em três partes e várias atividades que achamos que não fazem parte da conservação”, completou.

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