Pelo menos um terço dos lobos cinzentos de Wisconsin foram mortos por caçadores poucos meses após uma flexibilização na lei federal que protegia os animais. Um estudo realizado pela Universidade de Wisconsin identificou números alarmantes de mortes de lobos e temor pelo futuro da espécie. Os cientistas esperam que a pesquisa ajude a impedir que novas temporadas de caça sejam aprovadas.

Ativistas acreditam que o retrocesso de liberar novamente a caça de lobos tem motivações políticas e foi aprovado pouco antes de o ex-presidente Donald Trump deixar o cargo. Grupos ambientais e em defesa dos direitos animais afirmam que a mudança foi prematura porque os lobos não voltaram à maior parte de sua área histórica. Eles estão pressionando o governo Biden para reverter isso.

Wisconsin foi o primeiro estado a retomar a caça. Seu Departamento de Recursos Naturais planejava esperar até novembro, mas foi forçado a agendar uma temporada em fevereiro depois que uma organização pró-caça obteve uma ordem judicial. As autoridades o interromperam depois que caçadores mataram 218 lobos, ultrapassando o alvo de 119.

Imbróglio 

A caça de lobos nos EUA é o centro de diversas discussões. Em 2012, o governo Obama retirou os animais da lista de espécies protegidas no país, o que estimulou a caça. Em 2014, um juiz federal, após apelos de ativistas e conservacionistas, proibiu a caça de lobos e restaurou a proteção da espécie. O animais estavam em segurança, mas o governo Trump novamente removeu a proteção dos animais.

Deputados estão apresentando projetos de lei pedindo a proibição permanente da caça de lobos antes que a próxima temporada, marcada para novembro, seja aberta. Conservacionistas temem que o declínio populacional seja fatal para a espécie e que, em 2021, caçar animais belos e indefesos em seus próprios habitats ainda seja visto como entretenimento.