Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
A caça na República Democrática do Congo dizimou 70% das populações de gorilas orientais nas últimas duas décadas deixando o maior primata do mundo à beira extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Quatro entre seis espécies de grandes primatas estão agora classificadas na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas como “criticamente em perigo” ou a um passo da extinção devido à caça e à transformação de florestas em terras agrícolas desde a África Ocidental até a Indonésia.
Os gorilas orientais, anteriormente considerados como “em perigo”, juntaram-se aos gorilas ocidentais e a duas espécies de orangotango que já estavam listados como criticamente ameaçados. As outras duas espécies de grandes macacos, chimpanzés e bonobos, são classificados como em perigo, informou a Reuters.
“Ver o gorila oriental, um dos animais mais próximos a nós, à beira da extinção é verdadeiramente angustiante”, disse Inger Andersen, diretora-geral da IUCN.
Entre 1996 e 2003, milhões de pessoas morreram em conflitos na República Democrática do Congo e, frequentemente, as milícias e mineiros caçavam os gorilas para se alimentar.
A principal população de gorilas orientais caiu para cerca de 3.800 animais em 2015 frente a 16.900 em 1994, de acordo com o relatório divulgado em um congresso da UICN realizado no Havaí (EUA).
Os chimpanzés foram mais capazes de se adaptar a uma perda de habitats florestais para plantações de palma ou de outras fazendas do que gorilas e orangotangos.
“Os chimpanzés sobrevivem melhor nestas condições, mesmo se houver apenas uma parte remanescente de uma floresta. Eles podem entrar em culturas e pegar frutas de fazendas, ao contrário de gorilas e orangotangos”, declarou à reportagem Elizabeth Williamson, da IUCN.