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Caça às baleias, golfinhos e botos ameaça espécies de extinção

10 de novembro de 2013
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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

A constante caça às baleias, golfinhos e botos, no Japão, está a ameaçar algumas destas espécies de extinção, de acordo com um grupo ambientalista britânico. Segundo a Associated Press, que se baseia num relatório da Agência de Investigação Ambiental, as quotas de captura são baseadas em dados recolhidos até há 20 anos e revelam a caça excessiva de algumas espécies, não permitindo o aumento do seu número.

O lucrativo mercado de captura de animais vivos para aquários, especialmente, na China, coloca outro risco, afirma o mesmo relatório. Os animais podem ser vendidos entre pouco mais de €6.100 euros e quase €72 mil (cerca de R$18 mil e R$215 mil) e, por vezes, por mais de €36,5 mil (quase R$110 mil), quando o que está em causa é a venda da carne de um único golfinho.

O Japão estabeleceu o limite máximo de caça de cetáceos em 16.655 para 2013, um valor muito abaixo dos 30 mil capturados anualmente antes do estabelecimento do limite, em 1993, mas, ainda assim, a maior caça em todo o mundo.

A Agência de Pesca Japonesa não comenta os dados do relatório, mas o Japão defende que a pesca da baleia na costa é uma longa tradição, uma forma de sustento e uma necessidade para as investigações científicas.

O grupo independente de conservação londrino afirma, porém, que o Japão está a falhar no seu objectivo de sustentabilidade e instigou o país a abrandar esta prática nas próximas décadas.

“O governo tem a responsabilidade de restaurar e manter essas espécies nos seus níveis normais”, afirma Jennifer Lonsdale, directora fundadora da Agência de Investigação Ambiental.

Os pequenos cetáceos estão entre as espécies em extinção no Japão. Estes incluem enguias japonesas, uma iguaria normalmente servida assada, entre outras coisas.

O estado de cada espécie varia consoante as práticas de caça. De acordo com o relatório, os limites de captura de botos de Dall são entre 4,7 a 4,8 vezes superiores ao limite estabelecido. Quanto ao golfinho listrado, um pilar da indústria, ameaçado pelo seu desaparecimento em algumas áreas, as capturas decaíram de 1.800 em 1980 para cerca de 100. Porém, este valor continua a ser quatro vezes superior ao permitido.

“É necessário que o governo actualize os dados sobre a abundância destes animais e outras espécies e que pare de transferir as quotas de espaços com excesso de pesca para outros que já excedem as suas quotas”, explica o Huffington Post.

Segundo um tratado de 1946, que regula a caça das baleias, as nações podem conceder permissão para matar estes animais visando as investigações científicas. Em Julho, o Japão defendeu a caça anual de centenas de baleias em mares gelados na Antárctida, insistindo que a caça é legal, pois permite desenvolver estudos valiosos que podem ajudar a traçar o caminho para uma caça sustentada no futuro.

A Austrália apelou mundialmente para que a caça à baleia fosse banida, contudo, o Japão crê que os pequenos cetáceos estão excluídos da convenção internacional.

*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.

Fonte: Green Savers

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