Por Natalia Cesana (da Redação)
Os lêmures não são mais considerados animais sagrados em Madagascar. Isto significa que os pequenos primatas poderão servir como alimento para as tribos locais, segundo informações do jornal italiano La Stampa. A crença ancestral que proibia o consumo da carne deste animal, pois o lêmure seria a encarnação de um antepassado, foi superado.
Estudo feito por estudiosos gauleses e por ativistas da ONG Madagasikara Voakajy mostra que, de fato, a caça de lêmures para o consumo alimentar está em constante aumento na região oriental do país.
Os lêmures têm um ritmo de reprodução muito lento: alguns não alcançam a maturidade sexual antes dos nove anos de idade e as fêmeas dão à luz uma vez a cada dois ou três anos. Por este motivo, a caça dos pequenos animais pode colocar a sobrevivência da espécie em risco.
A ilha africana é considerada um verdadeiro paraíso natural devido à rica presença de espécies raras e endêmicas. Madagascar foi separada do continente há 165 milhões de anos e isso favoreceu o isolamento das espécies. Aproximadamente 95% das plantas e dos animais presentes na ilha não existem em nenhum outro lugar do planeta.