A organização australiana Animal Liberation Victoria (ALV), sediada em Melbourne, divulgou na última sexta (25) um vídeo que revela imagens chocantes de cabritos sendo espancados até a morte em uma fazenda leiteira em Bannockburn. Embora o método utilizado possa variar dependendo do sistema de criação e produção, a ALV sustenta que cabritos são descartáveis para a indústria de laticínios.
A filmagem mostra cabritos ainda bebês sendo agredidos com barras de metal até a morte enquanto convulsionam na Northview Nannies Goat Dairy, uma fazenda que fornece leite para marcas famosas na Austrália, inclusive da área cosmética – como a Kora Organics.
A organização informa que a prática não é considerada ilegal porque não há um código de práticas e diretrizes envolvendo criação de cabras que impeça esse tipo de violência.
“Eles não são legalmente protegidos pela Lei Australiana de Prevenção de Crueldade Contra Animais [de 1986].” Segundo a ALV, mesmo que os códigos não sejam obrigatórios, qualquer pessoa é capaz de entender que matar cabritos com 24 horas de idade, ocasionando antes traumatismo craniano, é crueldade humana.
O presidente da ALV, Noah Hannibal, declarou hoje (25), que esses recém-nascidos machos que aparecem sendo mortos no vídeo têm tal destino porque não produzem leite, portanto são considerados inúteis.
“Esse massacre brutal ocorre como parte de uma indústria inerentemente cruel. Enquanto os consumidores comprarem produtos lácteos, isso continuará”, lamenta Hannibal e acrescenta que essa realidade pode ser encontrada em qualquer parte do mundo.
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