A transferência do leão Simba, abandonado no zoológico de Ivinhema, a 297 quilômetros de Campo Grande (MS), para o abrigo da organização não governamental Rancho dos Gnomos, em Cotia, São Paulo, está dependendo apenas da resolução de questões burocráticas, segundo o fundador da entidade, Marcos Pompeu.
A coordenadora de fauna da Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Mato Grosso do Sul, Paula Mochel, diz que o órgão no estado já deu autorização para a transferência do leão, mas que falta a liberação da unidade de São Paulo para que a ‘mudança’ de Simba para o novo lar seja feita.
O fundador do Rancho dos Gnomos espera que essa autorização seja concedida já na próxima semana. Ele diz que nesta sexta-feira (29) deve protocolar na Superintendência do Ibama em São Paulo a documentação para a renovação da licença ambiental do abrigo.
“É o relatório anual de movimentação do Rancho que todo ano entregamos. Um licenciamento ambiental, que não é cobrado especificamente do Rancho, mas sim de todos os locais que trabalham com animais”, explica ele, completando que a partir da liberação a data da transferência do leão já poderá ser marcada.
Transferência
Segundo a psicóloga e criadora de uma página na internet para ajudar na mudança do Simba, Fátima Nogueira, uma empresa de seguros se sensibilizou com a história do leão e vai disponibilizar um guincho para fazer o transporte da carreta do Rancho dos Gnomos onde será levado o recinto em que o animal vai fazer a viagem entre Ivinhema e Cotia.
Com essa colaboração, Fátima diz que o dinheiro que está sendo arrecadado através da campanha nas redes sociais para a locação do guincho vai ser revertido para a compra das passagens aéreas da equipe que vai preparar e acompanhar o leão na viagem.
Os recursos da campanha, que continua na internet, também serão usados para custear a estadia do animal no Rancho dos Gnomos, pelo prazo de dois anos, até que a ong tenha condições de arcar sozinha com as despesas do animal, que devem chegar a R$ 1 mil por mês.
A equipe que virá para Ivinhema buscar o leão terá sete profissionais. Um biólogo, dois veterinários, tratador, cinegrafista (que irá registrar toda a transferência), anestesista (para caso seja necessário sedar o animal), e um representante da direção da ONG, que no caso será o próprio fundador.
O G1 entrou em contato com a Superintendência do Ibama em São Paulo, mas até o fechamento desta matéria não obteve o retorno.
Fonte: G1