Em Paraíba do Sul, no interior do Rio de Janeiro, Bruno Gagliasso está construindo um oásis. O lugar, que ganhou o nome de Rancho da Montanha, é bem mais do que uma casa de campo. O ator pretende reflorestar a área, criar um santuário de animais silvestres, produzir energia limpa e conectar os filhos à natureza e com suas origens: Bless e Titi, de sete e oito anos. Para homenagear os pequenos, que nasceram no Malawi, o local tem no local um lago com peixes do país e um baobá, árvore com grande simbologia na cultura africana, plantada com a ajuda de um guindaste.
Em conversa com a Quem, Bruno revela a inspiração para construir o lugar: “Meu pai! Ele me ensinou a amar a natureza desde pequeno. Frequentávamos tanto praia quanto ranchos, fazendas, então pra mim foi um processo bem natural. Sempre quis ter um lugar assim, a Giovanna (Ewbank, sua mulher) também. Ela parece um peixe, é muito ligada ao mar. Quando surgiu a oportunidade do rancho não pensamos duas vezes. Quero que meus filhos cresçam cuidando da natureza e dando valor a ela.”
O projeto tem iniciativas sustentáveis, como a produção de energia limpa por meio de 170 placas solares. “Me interessei por sustentabilidade quando entendi que somos parte da natureza. Sempre me liguei nisso mas agora é urgente. Precisamos plantar. Precisamos de água. Precisamos respeitar e preservar a natureza. Estudo o tempo todo para aprender mais sobre a natureza. E na hora de construir o rancho ouvimos profissionais de cada área para fazer tudo da melhor forma”, diz ele, que reuniu diversos especialistas em cada etapa da execução, desde o lago, construído artificialmente, até o paisagismo. O arquiteto é Duda Porto, reconhecido por projetos sustentáveis. “O rancho vai gerar impacto positivo na vida das pessoas produzindo água e sequestrando carbono. Aqui no rancho vamos retirar 28 mil toneladas de carbono da atmosfera utilizando alta tecnologia.”
Bruno também se comprometeu com a fauna e flora locais, e pretende reflorestar parte da região plantando 100 mil árvores. “É o compromisso da minha família. E sinto que cada vez mais amigos, parceiros e vizinhos estão embarcando nessa comigo. Mas se eu tiver que plantar as 90 mil que faltam colocando a mão na terra sozinho, farei com prazer”. Os animais também serão bem cuidados: “Estamos transformando o rancho em um lugar de soltura de animais silvestres. Temos um viveiro com uma escola de voo onde reabilitamos animais silvestres, resgatados pelo Ibama das ruas ou do tráfico de animais, e os soltamos. Claro que fazemos isso com ajuda de órgãos competentes. Hoje temos o apoio dos amigos do Instituto Vida Livre, da Garra Animal e da Ampara Animal.
Nas redes sociais, o ator tem compartilhado cada detalhe em seu perfil no Instagram, e no perfil que criou para o rancho, que já acumula mais de 200 mil seguidores. Lá, é possível ver um dos grandes destaques do lugar, um baobá. “Meus filhos estão apaixonados e criando uma relação muito bonita com o rancho. Principalmente com o lago, que é uma homenagem à África. Além das carpas, trouxemos os ciclídeos, que é uma espécie de peixe de água doce do Malawi, onde meus filhos nasceram. E o baobá é uma árvore originária do continente africano e tem 50 anos. Fiz questão de trazer essa referência das origens do Bless e da Títi, e o Zyan (nascido em 2020) também já cresce bebendo de tudo o que a natureza do mundo todo pode dar”.
A família está curtindo os detalhes finais da construção da casa sede e Bruno chegou a postar, no final de janeiro, a primeira noite que passaram no local. “Estamos todos aqui finalizando tudo junto. A gente termina a obra e continua plantando árvore, até porque 100 mil é muita coisa! Também continuamos com os resgates de animais e as solturas. Vai ser um lugar que estará sempre em movimento e construção”, define. “O rancho é o nosso legado para os nossos filhos. A gente tem ensinado a eles o amor pela natureza, o cuidado com o meio ambiente. E para os nossos amigos, seguidores e fãs a gente mostra que com atitudes pequenas no dia a dia ainda dá pra fazer muito por tudo isso que é nosso.”
Fonte: Revista QUEM