Eles não necessitam de grandes áreas para viver, são brincalhões, independentes, asseados e adoram dormir. Chegam a repousar até 16h por dia. Alguns estudos indicam que o convívio com gatos reduz o ritmo cardíaco e a pressão arterial. Tutores costumam afirmar que ter um gato em casa é garantia de ter por perto um grande companheiro.
“Ele só falta falar”, afirmou Maria Luíza Peixoto. Tutora de Billy, um gato persa de 6 anos, a esteticista conta que sempre gostou de gatos e que não consegue imaginar sua vida sem Billy, que foi presente de uma cliente.
Para a esteticista, os gatos são mais limpos, sabem o local onde devem fazer as necessidades, além de serem ótimos amigos do homem. “Eu moro sozinha e ele é como se fosse meu filho. Acordo todos os dias, cumprimento-o e passamos boa parte do tempo brincando. Para onde vou, levo o Billy”, afirmou Maria Luíza.
A advogada Mariângela Miranda sempre foi apaixonada pelos bichanos e conta que cresceu cercada por eles. Na infância tinha de 10 a 15 gatos em casa e depois que se casou tratou logo de comprar Charlene, uma siamês, que está com 21 anos.
Estudos recentes comprovam que gatos criados em casa vivem de 12 a 15 anos. Charlene é uma gata de sorte, já ultrapassou essa expectativa de vida e, segundo Mariângela, já resistiu a duas cirurgias nos últimos três anos.
A advogada não sabe explicar ao certo o motivo de Charlene ainda estar viva. “Ela come uma ração super premium especial para gatos castrados e idosos, porém acho que o real motivo para ela viver tanto é o amor que recebe de toda a família”, afirmou.
Charlene tem a mesma idade do filho mais velho de Mariângela. A advogada, que tem três filhos, conta que os médicos sempre pediram para ela se livrar da gata, já que muitas vezes o mais velho apresentava alergia.
“Eu não tinha coragem de dar a Charlene. Graças a Deus, descobriram que a alergia do meu filho era de leite e não de gato. Meus filhos cresceram cercados por bichos, são apaixonados por todos e nunca ficaram doentes por conta dos animais”, disse Mariângela que possui, além de Charlene, a gata Mel, dois cachorros e uma tartaruga.
Na casa de Mariângela, gatos e cães convivem muito bem. Mas, quando se fala na relação entre os dois animais, são comuns as comparações.
Gatos e cachorros são bem diferentes
A médica veterinária Fernanda Genaro diz que não é bom comparar gatos com cachorros, pois são bichos totalmente diferentes. “Eles são animais inteligentes, mas cada um tem seu comportamento e seu jeito de se relacionar com o homem”, afirmou.
A veterinária explica que o gato é um animal muito comunicativo, tanto por miados como corporalmente, por isso, pessoas que nunca tiveram um gato têm certa dificuldade de compreender o que os gestos, desde a orelha até o rabo, dizem.
“Muitos acreditam que gatos são traiçoeiros, mas, quando eles manifestam algum comportamento mais arisco, na verdade, é pura falta de comunicação entre o homem e o animal”, disse a veterinária.
De acordo com Fernanda, os gatos são mais recatados que os cães, por isso, não fazem muita graça com visitas. “Eles também são muito observadores, se você compra um móvel novo ou muda de lugar, o felino fica um bom tempo examinando o que aconteceu”, afirmou.
Gatos precisam de acompanhamento veterinário
Apesar das diferenças entre gatos e cães, uma coisa eles têm em comum: ambos necessitam de acompanhamento veterinário para se manter livres das doenças.
Segundo a médica veterinária Fernanda Genaro, os gatos possuem algumas doenças específicas, como a panleucopenia, rinotraqueíte, calicivirose, clamidiose e leucemia felina. Para combater essas doenças, eles precisam ser vacinados.
A primeira dose deve ser feita com dois meses e reforçada após 21 dias. Depois, as vacinas passam a ser anuais. Os gatos também devem ser vacinados contra a raiva: a primeira dose aos 5 meses e reforçada todo ano.
Além das vacinas, os gatos devem tomar vermífugos e o tutor deve fazer o controle de pulgas e carrapatos com medicamentos específicos. ”Os gatos dão trabalho para tomar remédio, mas no mercado já existem produtos que combatem parasitas e que podem ser aplicados na nuca do bichano”, afirmou Fernanda.
A veterinária alerta também para o perigo de os gatos irem para a rua, já que é grande o índice de animais que morrem atropelados. Outro cuidado importante é que o morador de apartamento deve mandar colocar telas de proteção no local.
“Muitos podem pular das janelas e sacadas por sofrerem da síndrome do gato voador”, disse a veterinária.
Para que o bichano se mantenha saudável e bonito, ele precisa ser alimentado com água sempre fresca, e a ração deve ser oferecida em pequenas porções várias vezes ao dia. “A caixa de areia utilizada para as necessidades do bichano deve ser limpa regularmente e ficar longe da comida, da água e da cama do gato, pois eles são animais extremamente asseados e, com essas medidas, o gato também fica livre de infecções”, afirmou a veterinária.
Em relação à alimentação, já existem rações balanceadas e específicas para raça, faixa etária e até para algumas disfunções que o gato possa apresentar.
Segundo Fernanda, além de todos esses cuidados, é sempre bom ter brinquedos com guizos e afiadores de unha para garantir a diversão dos gatos e evitar que eles destruam os móveis da casa.
(Com informações do Correio de Uberlândia)