Em declaração feita por meio da sua fundação homônima, a ativista dos direitos animais e lenda do cinema francês Brigitte Bardot, de 83 anos, qualificou como barbarismo os programas de crueldade contra animais abandonados que estão sendo colocados em prática em muitas cidades russas, visando “deixá-las limpas” para a Copa do Mundo.
Incomodada com a situação, Brigitte Bardot enviou uma carta para o presidente Vladimir Putin expressando sua preocupação com o destino dos animais abandonados na Rússia. Na carta divulgada pela Fundação Brigitte Bardot, ela diz que se Putin “aceita essa matança em massa, isso significa que ele é a favor da barbárie.” Brigitte pediu que ele substitua a violência desnecessária por campanhas de castração.
A senhora Bardot lembrou que com a proximidade da Copa do Mundo, os olhos da comunidade internacional estarão cada vez mais voltados para a Rússia. Além disso, manifestou preocupação em relação aos riscos que ursos, guaxinins, raposas e texugos, animais comuns na Rússia, podem sofrer antes e durante a Copa do Mundo. “Animais indefesos são mantidos em gaiolas estreitas para serem atacados por cães”, lamentou.
A famosa ativista também apontou que vai ser difícil salvar esses animais enquanto o governo russo permitir que cães sejam treinados para caçar animais selvagens. Em 1973, no auge da carreira, Brigitte Bardot, que estrelou 47 filmes, anunciou a sua aposentadoria do cinema. E foi assim, aos 39 anos, que ela iniciou uma nova vida como ativista dos direitos animais.
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian em 10 de julho de 2015, ela contou que quando descobriu a verdade sobre a realidade da exploração animal, tornou-se evidentemente óbvio para ela, e até mesmo indispensável, colocar um fim em sua carreira. “Que era somente brilho e vaidade, para que eu pudesse me dedicar a esta causa urgente”, justificou.
Em entrevista publicada pelo tabloide Daily Mail em 2 de novembro de 2014, Brigitte relatou que a fama não a satisfazia mais, e que seu amor pelos animais deveria ser expressado oficialmente. “Jamais olhei para trás. Nasci com o amor pelos animais. Não tive nenhum perto de mim na minha infância porque estávamos em guerra, e a vida em Paris era muito difícil”, declarou.