Mais um caso de violência contra animal foi registrado em Piracicaba na noite de quinta-feira (12). Dessa vez, aconteceu no bairro Santa Fé 1, na rua 5. Segundo a serviços gerais, Andrea Borel, de 40 anos, um idoso se assustou quando seus cachorros se aproximaram dele e acabou esfaqueando a cachorra Bia, de 3 anos, sem raça definida.
Além de furar o pescoço do animal, o agressor também apontou a faca para filha de Andrea, Vivian Borel, que está grávida, segundo ela relata.
‘Foi um horror. Não sabia se socorria minha filha do homem com a faca na mão ou pegava minha cachorra que não parava de pular e sangrar. Ela (filha) ficou tão nervosa que passou mal por conta da gravidez’, disse Andrea.
De acordo com a mulher, tudo começou no momento em que o cão menor, o Belo, chegou perto do aposentado para cheirá-lo, ele tirou o chapéu e começou bater na cabeça do animal.
‘A Bia viu o homem tacando o chapéu na pequena e foi perto dele e latiu também. Minha filha e eu começamos a gritar e dizer que a cachorra é boazinha. Mas o idoso tirou a faca da cintura e enfiou na garganta dela’.
Bastante emocionada com o fato, Vivian chorou ao narrar a atitude do idoso. ‘Eu até esqueci que estava grávida. Fui por cima do homem e pedi pra ele parar. Ele puxou a faca do pescoço da Bia, toda suja de sangue, e apontou para minha barriga’, disse, sobre o caso, registrado no Plantão Policial.
Motivo de vários protesto e abaixo-assinado de ONGs, entidade e associações que lutam por punições mais severas a quem maltrata animais, casos assim indignam Andrea e Vivian.
Elas contaram que o idoso foi encontrado pelos policiais que atenderam aos chamados de quem presenciou a cena, mas nada aconteceu. ‘O idoso simplesmente deu sua versão, sumiu com a faca e só nossa família que foi parar na delegacia para registrar o BO’.
Quadro Clínico
Internada na clínica Clivep desde a noite do dia 12, o estado de saúde da cachorra Bia é considerado estável pelo veterinário Juarez Cavacchini. Depois de perder bastante sangue e chegar com a pressão muito baixa, o médico disse que precisou anestesiá-la para controlar o sangramento. ‘Foi um corte profundo próximo ao tórax. Faltou pouco menos de meio centímetro para não furar a jugular’, explicou.
Ainda sobre o corte, Cavacchini informou que a perfuração chega a medir oito centímetros. ‘As donas não souberam dizer ao certo o tamanho da faca, mas eu acredito seja um objeto bem fino e comprido, como aquelas facas de laranja’.
Mesmo correndo risco de infecção, o veterinário elogiou a forma com que as responsáveis deram os primeiros socorros ao animal. ‘Foi um ato de desespero muito importante para vida da cachorra. Elas fizeram compressão no ferimento, enrolaram com uma toalha e ainda tomaram cuidado com a cabeça durante o trajeto da casa até a clínica’.
Fonte: RAC