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Brasileiros estão dispostos a pagar mais por voos com menor impacto ambiental

27 de maio de 2019
2 min. de leitura
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Por David Arioch

Pesquisa foi conduzida com 800 passageiros de voos internacionais entre os dias 1º e 10 de abril (Foto: Divulgação/Infraero)

Pesquisa da rede de organizações brasileiras Aliança REDD+ Brasil, que conta com a participação do Instituto Centro de Vida (ICV), revela que 68% dos entrevistados pagariam entre cinco a oito reais a mais por bilhete se soubessem que o valor seria revertido para redução ou compensação das emissões de carbono do seu voo.

A informação é resultado de uma pesquisa sobre os hábitos de consumo, percepção e opiniões dos brasileiros sobre as emissões de gases de efeito estufa da aviação civil. A pesquisa, encomendada à empresa IDEIA Big Data, foi conduzida com 800 passageiros de voos internacionais entre os dias 1º e 10 de abril. Todos os entrevistados viajaram de avião para fora do país nos últimos 12 meses ou pretendem viajar nos próximos 12 meses, e são responsáveis pelo pagamento da própria passagem aérea.

O estudo revelou que 89% dos entrevistados não conseguem citar nenhuma companhia que tenha preocupação com a redução de carbono ou compensação, assim como também não se posicionaram sobre a afirmação das companhias estarem prejudicando o meio ambiente – 52% não concordaram, nem discordaram. Porém, a grande maioria (75%) consente que voar em uma companhia área que se preocupa com a redução de carbono é importante.

“Em geral, jovens demonstram maior preocupação com as emissões de carbono emitidas durante voos internacionais de longa duração e seus impactos no meio ambiente”, destaca Pedro Soares, do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam).

Ao decidir comprar uma passagem aérea para viajar para fora do país, quase metade dos entrevistados revela não possuir preocupação com as emissões de carbono. Ainda assim, sete em cada 10 entrevistados acreditam que companhias aéreas que se comprometem a reduzir ou compensar essas emissões terão maior preferência dos clientes.

As mulheres tendem a concordar mais com a afirmação (75%) se comparado com os homens (65%). Com relação a preço, 68% dos respondentes mostraram disposição até de pagar entre cinco a oito reais a mais por bilhete se soubessem que o valor seria revertido para redução ou compensação das emissões de carbono do seu voo. Apenas 18% não estão dispostos a pagar a mais por isso.

“Os consumidores estão cada vez mais conscientes de sua responsabilidade nas emissões de carbono e precisam compartilhar os custos do combate às mudanças climáticas. As companhias aéreas que se anteciparem na adoção dessas ações terão mais chances de fidelizar esses clientes”, destaca Paula Bernasconi, coordenadora de Incentivos Econômicos para Conservação do ICV.

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