As autoridades sanitárias da União Europeia concederam a autorização para que o Brasil exporte cavalos vivos. Eles serão explorados para reprodução e campeonatos de hipismo.
A exportação de cavalos vivos para a Europa estava vetada há 21 anos. Entretanto, durante esse tempo o Brasil continuou os exportando para outros países, como os Estados Unidos, México e Colômbia.
Os cavalos são transportados em contêineres com baias em avião, viagem que envolve riscos consideráveis ao bem-estar e sobrevivência. As longas viagens, realizadas em condições estressantes e inadequadas, expõem cada um deles a sofrimento físico e emocional.
Além disso, a falta de fiscalização rigorosa sobre as condições de transporte e os procedimentos ao desembarcar nos países de destino aumentam o potencial de crueldade e negligência.
Quando chegam ao seu destino, os cavalos são explorados em competições de alto desempenho, como o hipismo, onde são submetidos a treinamentos intensivos e exaustivos.
As exigências físicas impostas aos animais em competições podem resultar em lesões graves, estresse e desgaste precoce. As condições de treinamento e competição ignoram o bem-estar dos cavalos, priorizando o rendimento esportivo acima de sua saúde.
Outro ponto do hipismo são as agressões que diversos cavalos sofrem dos atletas, como no recente caso da Charlotte Dujardin, amazona da Grã-Bretanha que foi suspensa dos Jogos Olímpicos após o vazamento de um vídeo onde ela chicoteava um cavalo inúmeras vezes.
Muitos desses cavalos também serão explorados para reprodução, com o objetivo de aprimorar raças e produzir descendentes com características desejadas para o esporte. A reprodução seletiva trata os animais como mercadorias, perpetuando o ciclo de exploração.