Uma pesquisa realizada em 2022 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a mata atlântica se manteve como o bioma que tem a maior taxa de espécies ameaçadas de toda a fauna e flora brasileiras. O último levantamento sobre essas questões feito pelo órgão foi produzido no ano de 2014 e os resultados, se comparados, mandam recado de alerta.
Na última análise, foram avaliadas 9.042 espécies e 2.016 estavam em risco, ou seja, 22% da fauna e flora da mata atlântica estavam ameaçadas. Já em 2022, esse número aumentou de forma considerável: foram analisadas 11.811 espécies e o resultado foi que 2.845 estão em perigo, isto é, 24% das espécies estão em perigo de extinção.
Se analisada a flora terrestre, os dois levantamentos feitos pelo instituto revelam que 43% dela está em risco. Assim como a flora marinha desse bioma, que aumentou dois pontos percentuais de risco de 2014 para 2022, resultando em 36% das espécies, desse recorte, ameaçadas.
Biomas
Somando os números tanto de fauna, quanto de flora — terrestre e marítima — de todos os biomas brasileiros, das 37.059 espécies analisadas, 5.501 estão ameaçadas de extinção. O IBGE não divide, por exemplo, os tipos de animais nem das plantas referentes.
Em 2014, foi estudado um total de 30.381 espécies, em que 4.224 estavam ameaçadas de extinção.
Depois da mata atlântica, está o cerrado como bioma que encontra mais desafios referentes a extinção. Em 2014, ele esteve na mesma posição com 6.290 analisadas, 1.037 espécies estavam ameaçadas. Em 2022, esse número aumentou para 7.385 analisadas e 1.199 ameaçadas. Ou seja, nas duas análises, 16% do bioma estava em perigo.
O terceiro lugar já muda de rosto. Em 2014, ficou com a caatinga com 395 espécies ameaçadas. Em 2022, o lugar foi ocupado pela Amazônia, com 503, embora, proporcionalmente, a caatinga mantenha o terceiro lugar também em 2022 — 15% de espécies ameaçadas, contra 6% da Amazônia.
O pampa teve redução de 2% e o sistema costeiro-marinho, de 1%.
Fonte: R7