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Brasil tem a 4ª maior população de animais domésticos do mundo

19 de março de 2017
3 min. de leitura
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Thinkstock

Eles são mais de 130 milhões no mundo inteiro: cachorros, gatos, aves, peixes e alguns tipos mais exóticos. O Brasil ocupa o quarto lugar em população total de animais domésticos. E se em casa eles estão tomando o lugar que antes era das crianças, nas cidades estão ganhando espaços criados especialmente para eles. Muitos parques têm hoje áreas exclusivas para cães, um ponto de encontro e socialização dos animais.

Dizem os estudiosos que ter um animal em casa é um jeito de enfrentar a solidão nas grandes cidades. Mas não é só isso. Já está provado que eles auxiliam, e muito, na cura das doenças do corpo e da alma.

Um humilde cão sem raça definida, chamado Neguinho, e um aristocrata Samoieda chamado Baruk. Eles não se conhecem, moram muito longe um do outro, mas ambos foram autores de histórias muito parecidas, mudando a vida de duas famílias.

Dona Ana tem 98 anos e mora em Campinas, interior de São Paulo. Quando tinha 90, levou um tombo e fraturou o fêmur. Sem poder se movimentar, deixou de cuidar do jardim, que ela adora e que é a lembrança do marido, seu grande amor. Entrou em depressão. Os filhos ficaram preocupados. A funcionária pública Elza Maria Dias, filha de Dona Ana, nem pensou em comprar um cachorro. Foi direto a uma feirinha de adoção e se encantou por um cachorrinho sem raça. Para Neguinho, que já tinha sido maltratado, ganhar uma nova família foi uma presentão.

Neguinho ganhou o carinho que tanto precisava, e Dona Ana, a companhia alegre que foi um santo remédio contra a depressão. A tristeza que ela sentia acabou.

“Ele diverte a gente. Ele vem, deita perto de mim. Ele é bonzinho. Só falta falar”, diz Ana Castilho Dias.

No Ceará, o herói atende pelo nome de Baruc. O cachorro, da raça Samoieda, de origem russa, enche de alegria a casa de Pedro Sousa Greilich, de 9 anos. E olha que a concorrência é grande. Na casa vivem também três buldogues franceses, uma calopsita e dois jabutis.

O Baruc chegou há dois anos, quando a família enfrentava um momento doloroso: Pedro estava fazendo um tratamento contra leucemia.

“O Pedro ficou um ano fora da escola. Ele não podia ter contato com outras crianças, isolamento com máscaras, não podia ir para o chão, ele não podia nada, porque a imunidade dele estava muito baixa por conta da quimioterapia e ele pegar alguma infecção poderia ser muito prejudicial como também atrasar o tratamento”, conta a mãe de Pedro, a estudante de medicina veterinária Gabriele Souza Greilich.

Foi nessa época que Pedro pediu aos pais: quando melhorar, quero um cachorro. Grande, todo branco, como um lobo. E que mãe ou pai vai negar um pedido de um filho num momento como esse?

Apesar de grandalhão, Baruc é dócil, carinhoso, se dá bem com os outros cachorros e até brinca com a calopsita.

Fofinho, carinhoso, bonito toda vida e… valioso. Um chamariz para os ladrões. Um dia, Baruc encontrou o portão aberto e foi para rua. Foi tudo muito rápido. Um carro parou e levou o cachorro. Pedro, ainda se recuperando da leucemia, ficou arrasado.

A notícia do furto do Baruc logo se espalhou pela região. Todo mundo passou a procurar pelo cachorro, a reproduzir as fotos dele em cartazes e nas redes sociais.

Com toda essa movimentação, Baruc acabou sendo localizado dois dias depois. As câmeras de segurança das casas vizinhas também foram fundamentais. Localizado, o homem concordou em devolver o Baruc. E junto, devolveu também o sorriso do Pedro e a alegria de toda a família.

Fonte: G1

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