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DOSSIÊ

Brasil sofre retrocesso ambiental de 30 anos durante governo Bolsonaro

A denúncia da plataforma Sinal de Fumaça responsabiliza ainda as gestões de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente

1 de novembro de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Bolsonaro é conhecido por seu desprezo à preservação ambiental (Foto: Diego Bresani)

A plataforma Sinal de Fumaça, que reúne semanalmente dados sobre a crise socioambiental brasileira, lançou o dossiê “Governo JB – Menos 30 anos em 3”, para denunciar o retrocesso ambiental equivalente a 30 anos sofrido em três anos de governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

O documento responsabiliza ainda as gestões de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente.

“Quando o deputado Arthur Lira e o senador Rodrigo Pacheco assumiram as presidências das casas, em fevereiro de 2021, projetos de lei relacionados ao uso da terra e ao licenciamento de grandes empreendimentos passaram a tramitar de forma acelerada com a benção do Palácio do Planalto. A boiada começou a ser tocada no legislativo, com a possibilidade de impactos mais profundos e duradouros”, denuncia o dossiê.

Coordenadora do Sinal de Fumaça, a jornalista e ativista Rebeca Lerer mencionou que na próxima semana, “chefes de estado de centenas de países se reúnem na COP 26 para discutir como barrar a emergência climática”. Enquanto isso, ainda segundo a ativista, “o Brasil vem aumentando sua participação no problema com o crescimento das emissões de poluentes derivadas do desmatamento e da carbonização da matriz energética em função da crise hídrica, por sua vez vinculada às perdas florestais”.

“A diplomacia e os mercados internacionais precisam exercer pressão política e comercial sobre o Brasil para responsabilizar Bolsonaro e permitir que o país cumpra suas metas de redução de emissões, minimizando o colapso climático em curso”, acrescentou.

Rebeca mencionou ainda que “as políticas relacionadas ao uso da terra unem os setores mais atrasados da economia brasileira aos grupos mais conservadores da extrema-direita. Além de garantir a permanência de Bolsonaro no poder, essa aliança é determinante para o resultado das eleições de 2022”.

Confira abaixo a linha do tempo dos retrocessos ambientais:

2019

  • Medida Provisória 870 abre as porteiras da boiada e paralisa demarcações de – Terras Indígenas
  • Ministro Salles operacionaliza o desmonte sob aplausos de Bolsonaro
  • Inpe sob ataque por dizer a verdade
  • Fundo Amazônia suspenso, confusão no G20 e Acordo UE-Mercosul na berlinda
  • O Dia do Fogo no Pará e o dia virando noite em diversos pontos do país
  • Bolsonaro Mente Sobre Desmatamento e Ataca Povos Indígenas na ONU (Parte I)
  • Ativistas presos por apagar queimadas no Pará e outras teorias da conspiração contra a sociedade civil
  • Desmatamento e queimadas batem recordes históricos no período
  • MP da Grilagem normaliza o roubo de terras

2020

  • Bolsonaro, Garimpo e Covid-19: a tripla ameaça aos povos indígenas l
  • O desmonte acelera e a boiada é nomeada em reunião interministerial
  • General Mourão e a Garantia da Lei e da Ordem (ou a Certeza de impunidade para desmatadores)
  • Pantanal, Amazônia e Cerrado em Chamas: fumaça de queimadas cobre o país
  • Bolsonaro Mente Sobre Desmatamento e Ataca Povos Indígenas na ONU (Parte II)
  • Emissões brasileiras aumentam por conta do desmatamento e Governo inventa “pedalada climática”.

2021

  • Com apoio de Bolsonaro, ruralistas dominam Câmara, Senado e comissões-chave do Congresso Nacional
  • A máfia da madeira ilegal e a queda de Ricardo Salles
  • PL que desfigura Licenciamento Ambiental é aprovado na Câmara
  • Escalada de Violência do Garimpo, PL 490 e Marco Temporal ameaçam Povos Indígenas
  • 510 e 2633: PLs da Grilagem avançam no Congresso
  • Bolsonaro Mente Sobre Desmatamento na ONU (Parte III l)
  • Aumento de conflitos e mortes no campo refletem incentivo do governo Bolsonaro a crimes ambientais
  • Tudo sendo desmatado conforme o planejado
  • Seca histórica e tempestades de areia escancaram crise climática brasileira

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