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Brasil ocupa 3° posição no ranking dos locais de desova da tartaruga cabeçuda

20 de fevereiro de 2012
2 min. de leitura
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(Foto: Reprodução)

O Brasil está em terceiro lugar no ranking dos locais de desova da tartaruga cabeçuda (Caretta-caretta), segundo o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). A espécie desova na Bahia, Espírito Santo, Sergipe e Rio de Janeiro. Já o litoral capixaba, cobiçado por grandes empreendimentos, está em segundo lugar entre os locais de desova escolhido pela espécie.

A tartaruga recebeu o nome de cabeçuda, por ter uma cabeça proporcionalmente maior que as demais espécies (até 25 centímetros). Também é conhecida como Vovô, Aruanã ou Mestiça e pode ter até mais de um metro de comprimento de casco, além de pesar entre 100 e 180 quilos.

Com uma estimativa mundial de população em torno de 60 mil fêmeas em idade reprodutiva, a cabeçuda atinge a maturidade sexual entre 25 e 30 anos. Cada ninho contém quase 130 ovos, em média, com tempo de incubação médio de 60 dias. O intervalo entre os períodos reprodutivos varia de dois a três anos. Cerca de 70% a 80% dos ovos geram filhotes.

É uma espécie carnívora durante todas as fases de sua vida. Alimenta-se de caranguejos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados triturados com ajuda dos músculos poderosos da sua mandíbula, capazes de quebrar conchas e carapaças de outros animais com facilidade.

A espécie sofre constantes ameaças. Segundo o Projeto Tamar, as cabeçudas são impactadas pelo lixo jogado nas praias e pelas redes de pesca. Em geral, 70% das diversas espécies de tartarugas recolhidas doentes em Regência, no norte do Estado, onde está localizada a base do Tamar, acabam morrendo por comer lixo jogado na praia.

As redes de pesca e espinhéis usados para capturar grandes peixes, como os tubarões, também matam as tartarugas marinhas das mais diversas espécies Elas capturam desde a gigante ou de couro (Dermochelys coriacea), uma das dez espécies marinhas mais ameaçadas de extinção no mundo, até a cabeçuda, mais comum.

O litoral de Linhares também é reconhecido internacionalmente por ser o único ponto de concentração de desovas da tartaruga-de-couro (Dermochelys coricea). Em 2008,  um ninho foi localizado em praia do município da Serra, onde não havia registros anteriores.

No Brasil, vivem cinco das sete espécies de tartarugas marinhas que existem no mundo. Nas praias do continente desovam ainda as tartarugas cabeçuda (Caretta- caretta), de pente (Eretmochelys-imbricata) e oliva (Lepidochelys- olivacea). Já a tartaruga-verde (Chelonia-mydas) tem nas ilhas oceânicas o seu principal sítio de reprodução.

Ao todo, o Projeto Tamar cobre 850 quilômetros de praias nos estados do Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio de Janeiro. São 20 as bases do projeto. Delas, cinco são no litoral norte capixaba, onde se concentram 75% das desovas que ocorrem no Estado.

Fonte: SeculoDiario.com

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