Por David Arioch
De acordo com informações divulgadas neste mês de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil matou 8,08 milhões de bovinos para consumo no segundo trimestre de 2019.
Os dados que compõem a Estatística da Produção Pecuária informam também que isso significa crescimento do abate de 2,4% em relação ao primeiro trimestre de 2019 e 4,1% em comparação ao mesmo período de 2018.
Os bovinos estão sendo enviados cada vez mais jovens para os matadouros no Brasil, segundo o IBGE. Isso tem relação com a demanda voltada à exportação de carne principalmente para países asiáticos como a China que não se interessam pela carne de animais com mais de 30 meses de idade.
Alguns países pagam R$ 4 a mais pela arroba de bovinos mais jovens, o que significa que a expectativa de vida dos animais é pautada pelo mercado. Se há procura, os pecuaristas pesam o custo/benefício de abatê-los cada vez mais jovens.
Em geral, a preferência é por novilhos e novilhas, mas vacas também estão sendo mortas mais cedo, conforme dados do IBGE que apontam crescimento de 3,2% em relação a 2018.
No Mato Grosso do Sul, desde 2017 o Programa de Apoio à Criação de Gado para o Abate Precoce (Novilho Precoce) estimula pecuaristas a criarem e desenvolverem bovinos que possam ser abatidos mais cedo.
Só no primeiro ano após a implementação, quase 800 mil animais foram abatidos com idade a partir de 20 meses. No entanto, a idade não é o critério primordial do programa, mas sim o peso – o macho deve render pelo menos 225 quilos de carcaça e a fêmea 180 quilos.
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