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EMISSÃO DE CO2

Brasil lidera ranking de maiores emissores de carbono vindo de queimadas

Levantamento alerta para um aumento do que pesquisadores chamam de 'incêndio florestais extremos'

28 de dezembro de 2023
Redação, da GQ
2 min. de leitura
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Foto: Christian Braga | Greenpeace

O Brasil alcançou a primeira posição em um levantamento soturno: é o pais com o maior volume de florestas queimadas no período entre 2001 e 2022, e também o que mais produz carbono através desses incêndios nessas duas décadas e pouco. O estudo foi publicado na quarta-feira (20) por pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências.

O Brasil supera os 60 milhões de hectares de área verde afetada pelo fogo. Também se aproxima dos 5 bilhões de toneladas de CO2 (um dos gases responsáveis pelo efeito estufa) gerados através dessa queima.

Em segundo lugar está a Rússia, com 50 milhões de hectares queimados resultando em quase 4 bilhões de toneladas de carbono. Em terceiro e quarto lugar estão respectivamente Canadá e Estados Unidos, que se aproximam dos 10 mi hectares atingidos por incêndios e do 1 bilhão de toneladas do gás dispersado na atmosfera.

Os pesquisadores do instituto chinês apontam que a causa do que chamam ‘incêndios florestais extremos’ (aqueles que são maiores, duram mais e tem maior impacto que o normal) vai além da ação direta do humano, se relacionando também com períodos mais longos de estiagem e ondas de calor, fenômenos emblemáticos das mudanças climáticas.

Um exemplo radical desse tipo de fenômeno ocorreu este ano nas florestas boreais do Canadá, alvo de 6,7 mil focos de incêndio que resultaram em 18,5 milhões de hectares atingidos por incêndios apenas em 2023. Baseado no levantamento divulgado esta semana, trata-se de um impacto de volume superior ao histórico total dos últimos 22 anos no país.

Entre 2001 e 2022, incêndios florestais responderam a 33.9 bilhões de toneladas de dióxido de carbono liberados na atmosfera, de acordo com o estudo, que defende a importância de países contabilizarem esse tipo de emissão em suas políticas de carbono.

Fonte: Um Só Planeta

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