Um resgate de um gato em Joaçaba, no Oeste de Santa Catarina, terminou em polêmica na manhã desta sexta-feira (05/09). O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado para atender a uma ocorrência nos fundos da Rádio Catarinense, onde um gatinho estava preso há três dias no topo de uma árvore às margens do Rio do Tigre. O caso gerou revolta após uma transmissão ao vivo mostrar os bombeiros utilizando um jato de água para forçar a queda do animal.
As imagens, registradas em tempo real pela rádio, mostram o momento em que os bombeiros, sem o uso de escadas ou técnicas alternativas, direcionam a mangueira para o alto com forte pressão. A medida causou apreensão em quem acompanhava a cena. O gato, em meio à pressão da água, acabou caindo do galho e desapareceu na mata atrás do muro, onde passa o rio. Até o fim da transmissão, não havia confirmação se o animal havia sobrevivido ou se havia caído na correnteza.
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O uso de um jato de água para derrubar o gato gerou forte indignação entre internautas. Comentários nas redes sociais apontaram maus-tratos, imprudência e cobraram punições. “Isso não é resgate, é crueldade”, afirmou uma moradora. Outros questionaram: “Onde está o gato?”, já que o animal desapareceu após cair da árvore.
Houve críticas à falta de alternativas mais seguras, como escada ou cesta, e alertas sobre o risco de o gato ter caído no rio. Apesar de alguns defenderem a tentativa de ajuda, a maioria dos comentários foi de revolta, cobrando respostas e responsabilização pela ação.
Diante da repercussão negativa, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) divulgou uma nota oficial afirmando que a ação não representa os valores da instituição e que as providências cabíveis serão tomadas com rigor. A corporação informou ainda que já instaurou procedimentos administrativos para apuração dos fatos e, se necessário, aplicação de punições.
“A ação realizada pelo bombeiro militar durante a ocorrência não representa os valores da instituição e tampouco a conduta adequada para o atendimento. O comando local está ciente e as providências cabíveis serão tomadas internamente”, diz a nota.
O CBMSC reforçou que a árvore em questão apresentava características que não ofereciam suporte seguro para escalada ou aplicação de técnicas de resgate em altura, por ser fina e instável. Ainda assim, admitiu que o método adotado não foi o mais indicado e que medidas corretivas já estão sendo implementadas.
Por fim, a corporação destacou seu compromisso com a vida e com a proteção de todos os seres vivos, colocando-se à disposição da população pelo telefone 193.
O paradeiro do gato ainda é incerto.
Fonte: Jornal Razão