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SUSTENTABILIDADE

Bolas de tênis utilizadas no torneio de Wimbledon são reaproveitadas e doadas como casinhas para ratos-espigueiros

Há 25 anos, a parceria entre o torneio e ONGs transforma resíduos esportivos em solução ecológica, ajudando a proteger a espécie ameaçada.

10 de julho de 2025
Júlia Zanluchi
1 min. de leitura
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Foto: Mike Powles/Getty Images

Enquanto tenistas disputam pontos em quadras impecáveis durante o torneio de Wimbledon, milhares de bolas amarelas usadas no campeonato recebem uma segunda missão: proteger um dos menores mamíferos do Reino Unido, o rato-espigueiro (Micromys minutus).

Todos os anos, cerca de 55 mil bolas são utilizadas no tradicional torneio de tênis. Após os jogos, muitas são vendidas para arrecadar fundos, mas uma parte segue para as mãos da Wildlife Trusts, uma rede de ONGs ambientais que as transforma em abrigos para a espécie de ratos, ameaçada pela perda de habitat devido à agricultura intensiva.

Com apenas 5 a 7 centímetros e peso inferior a uma moeda, os ratos-do-campo tecem ninhos esféricos em gramíneas altas, estrutura que as bolas de tênis reproduzem com precisão. Adaptadas com um pequeno furo e fixadas em hastes, elas servem de refúgio seguro, especialmente para fêmeas e filhotes, contra predadores como aves e raposas.

A espécie, que integra a lista prioritária de proteção do Reino Unido, perdeu 70% de seu território nas últimas décadas, e esses ninhos artificiais são uma solução simples, mas vital para a reprodução desses ratos.

A parceria, que está completando 25 anos este ano, é apenas uma das iniciativas sustentáveis do torneio. Desde 2019, uma “parede viva” no Court 1, a quadra principal da competição, atrai polinizadores, e garrafas reutilizáveis reduzem o plástico entre os jogadores.

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