De acordo com o que foi aprovado pelo plenário da Câmara de Vereadores de Bogotá, será proibida na capital do país, em seis meses, a venda de animais vivos nas praças de mercado, bem como regulamenta a venda de animais domésticos e passará à sanção da prefeita Claudia López.
Segundo um dos autores, a conselheira animalista, Andrea Padilla, o acordo “colocará um fim a um dos piores cenários de abuso e insalubridade animal em Bogotá. A venda de animais em praças de mercado é um fenômeno que não só viola os princípios mais elementares do bem-estar animal pelas condições desumanas em que animais de diferentes espécies são mantidos, mas também coloca a saúde das pessoas em risco devido ao fenômeno da contaminação cruzada.”
Para o vereador “nesses lugares era normal encontrar peixes mexidos, aves ornamentais, patos, galinhas, pavões, cães, gatos, hamsters, porquinhos da índia, coelhos, e até porcos e cabras. Além disso, o crime de comércio de animais silvestres era cometido. Agora, os prefeitos locais e o Instituto de Proteção Animal terão a responsabilidade de controlar o comércio nas proximidades das praças de mercado, uma vez que essa atividade ilegal provavelmente será isenta pela proibição.”
A norma obriga o Instituto da Economia Social a desenvolver uma conversão econômica para pessoas que ocupam 71 locais onde a atividade de comércio de animais vivos se desenvolveu. Destes, 56 estão no Restrepo, 7 na 20 de julho, 3 em Trinidad Galán, 3 na 7 de agosto e 2 na Kennedy. A entidade terá 5 meses para fazer essa conversão.
Diante do comércio de animais que são feitos em lojas do bairro ou pela Avenida Caracas, essa atividade só pode ser proibida pelo Congresso, mas o acordo ordena ao Instituto de Proteção Animal, às secretarias de Saúde e o Governo que regularizem rigorosamente essa atividade, no prazo de 4 meses, definindo as condições locativas da guarda dos animais e suas condições de saúde e entrega.
A venda de aves ornamentais também será proibida definitivamente em toda a cidade. Para definir quais aves se enquadram nessa categoria, no próximo mês a secretaria do Meio Ambiente deve fazer uma consulta ao Ministério do Meio Ambiente. Uma vez que o conceito seja recebido, a administração terá 12 meses para implementar a proibição.