Por Marcela Couto (da Redação)
Organizações ambientais apresentaram um projeto de lei que, se aprovado, proibirá que os bisões que circulam pelo Parque Nacional de Yellowstone (EUA) sejam mortos pela Guarda do parque e pelo serviço florestal.
O projeto, apresentado hoje, argumenta que os guardas locais estão sendo negligentes na proteção dos bisões. O serviço florestal afirma que está matando os bisões para evitar que animais de fazenda criados próximos ao local se contaminem com brucelose, uma doença crônica cuja bactéria se encontra nos bisões e alces do parque.
A decisão de matar os bisões para garantir a exploração de animais de fazenda não faz sentido, já que as bactérias da brucelose estão presentes em todos os animais selvagens da região. Em alces e bisões elas são inofensivas, porém causam abortos em vacas e infecções em outros animais criados para consumo.
Os cientistas americanos também discordam da matança: de acordo com pesquisas, é muito raro que bisões contaminem o gado com brucelose. Os possíveis causadores da contaminação são os alces e estão em grande número na região (cerca de 10 mil). Por esse motivo a guarda florestal acabou elegendo o bisão como vítima.
Mais de 3.300 bisões já foram mortos nos últimos 10 anos. Somente no ano passado foram 1.800 animais.
A lei deverá ser avaliada pelo Juiz Donald Molloy, em Missoula.
Com informações de Yellowstone insider
Nota da Redação: Nada justifica a matança de animais. Com tantas intervenções feitas pelo ser humano nos habitats naturais , os animais acabam por desenvolver doenças que bem provavelmente não existiriam, não fosse pela ação humana. A vida desses e de todos os outros animais deve ser defendida e preservada como um bem precioso. Ainda é tempo de recuperarmos alguma dignididade.