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PROTEÇÃO

'Biotravessia' traz reflexos das mudanças climáticas e situação de um dos principais rios do estado de SP

Programa revela ainda iniciativas pioneiras pela preservação da biodiversidade.

26 de setembro de 2025
3 min. de leitura
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Foto: Gabriel Marchi

A jornada da Biotravessia segue pelo Paraná. Após passar por Foz do Iguaçu, a expedição lembra uma história de resistência em Guaratuba, onde um pequeno pássaro simboliza os desafios das mudanças climáticas: o bicudinho-do-brejo.

Descoberta em 1995, a espécie é exclusiva do sul do Brasil e tem uma população estimada em apenas 900 indivíduos, o que a coloca entre as aves em perigo de extinção.

Em 2020, um ciclone destruiu parte do brejo onde a ave vive, provocando desequilíbrios ambientais e abrindo espaço para o avanço do manguezal. Há 19 anos o “Projeto Bicudinho-do-Brejo” monitora a reprodução da espécie. Os especialistas alertam que ela pode desaparecer em 30 a 50 anos se nada for feito.

A equipe mostra ainda a situação em Piracicaba (SP), onde um trabalho pioneiro analisa a qualidade da água do rio que dá nome à cidade.

A iniciativa surgiu após a maior tragédia ambiental da região, em julho de 2024, quando o descarte de resíduos de uma usina resultou na morte de mais de 250 mil peixes. Nossa equipe acompanhou a terceira fase do projeto que mede indicadores e revela ao público a real saúde do curso d’água.

A cerca de 15 km de Piracicaba, a expedição visita Saltinho (SP), onde o projeto Saltinho Mais Verde busca recuperar áreas de nascentes e promover educação ambiental junto à comunidade.

Biotravessia visita também Juquitiba (SP), sede da Fundação Lymington, lugar que há mais de 20 anos atua na reabilitação de aves silvestres ameaçadas. O trabalho, que envolve reprodução, soltura em áreas monitoradas e conscientização, é considerado um divisor de águas para a conservação de espécies da fauna brasileira.

Fonte: G1

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