EnglishEspañolPortuguês

PREOCUPAÇÃO

Biólogos avaliam se interação com humanos pode afetar a saúde dos botos em Mocajuba (PA)

Eles vivem em região próxima ao Mercado Municipal da cidade e acabam sendo alimentados por moradores diariamente 

21 de julho de 2024
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Divulgação/UFRA

Cientistas da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e do grupo Bioma estão em Mocajuba, no nordeste do Pará, para avaliar a saúde dos botos que visitam o Mercado Municipal todas as manhãs e são alimentados por moradores. A interação entre humanos e os animais tornou-se uma atração turística na área e está preocupando biólogos e veterinários.

A presença frequente de botos nas proximidades do mercado ocorre porque os animais encontram comida facilmente, fornecida por visitantes e trabalhadores do mercado. No local, um mirante foi construído para facilitar a observação desses mamíferos.

Os botos catalogados são da espécie boto-do-Araguaia (Inia araguaiaensis), que habita a bacia Araguaia-Tocantins, abrangendo os estados do Pará, Tocantins, Maranhão, Goiás e Mato Grosso, além do Distrito Federal. Eles estão na lista de espécies ameaçadas.

O estudo teve início neste sábado (20/07) e continuará até o mês de agosto. Eles realizarão um levantamento da saúde dos botos, abrangendo aspectos fisiológicos, vocalização e biologia. A equipe é composta por professores e estudantes de pós-graduação.

“Iremos avaliar a interação com os botos como possível indicador de impactos para saúde humana e dos animais, já que o tema principal da pesquisa está dentro do Contexto da Saúde Única”, explica Angélica Rodrigues, bióloga do Bioma.

    Você viu?

    Ir para o topo