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Biólogo alerta para a importância das onças no equilíbrio da floresta, no Acre

19 de junho de 2013
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O Parque Estadual do Chandless já cumpriu com a sua fase estruturante, envolvendo a construção de uma sede para abrigar pesquisadores e visitantes. Atualmente está na etapa de implementação de seus objetivos, envolvendo a pesquisa científica primeiramente. A Universidade Federal do Acre (UFAC), está realizando atividades como a ecologia de campo, apesar das dificuldades logísticas existentes, como a extrema distância e todo o suporte material necessário.

Uma das pesquisas que merecem destaque está sendo realizada pelo biólogo Luis Henrique Menezes Borges. Ela trata dos grandes mamíferos, em especial, as onças, que estão no topo da cadeia alimentar e são importantíssimas para o equilíbrio da floresta. “Se você caça e elimina um indivíduo destes, todo o sistema fica desequilibrado, porque com o tempo vai haver uma superpopulação das espécies que eram antes predadas, tornando-se elas mesmas um problema para outras espécies animais e vegetais, e até para as populações humanas que vivem aqui e dependem dos recursos naturais”, avalia o biólogo.

O registro das espécies através de armadilhas fotográficas ao longo de várias trilhas no meio da mata. Na sequência: (1) Panthera onca - onça pintada; (2) Puma concolor- Onça vermelha; (3) Leopardus sp. - Gato Maracajá
O registro das espécies através de armadilhas fotográficas ao longo de várias trilhas no meio da mata. Na sequência: (1) Panthera onca – onça pintada; (2) Puma concolor- Onça vermelha; (3) Leopardus sp. – Gato Maracajá

O registro elaborado por Luis se dá através de armadilhas fotográficas ao longo de várias trilhas no meio da mata, cada qual com 5 km, facultando-nos uma ideia da quantidade e variedade de animais existentes. Estas trilhas também são usadas por outros pesquisadores, como Thaline Brito e Sérgio Oliveira, especializados em insetos.

A função destes jovens pesquisadores é mais importante e abrangente do que costumamos supor. Existem no Chandless espécies desconhecidas pela ciência, além de outras consideradas bioindicadoras. O pesquisador Sérgio Oliveira, de apenas 25 anos, estuda insetos que nos parecem triviais, como borboletas e libélulas. Ocorre que as libélulas são predadores exigentes, e só caçam em águas muito limpas, isentas de qualquer contaminação. Sua presença no Parque indica que as águas estão saudáveis e, sendo a qualidade da água fundamental para a saúde da floresta como um todo, isso a torna uma bioindicadora, ou espécie que aponta condições favoráveis à vida.

“Pela análise feita com esta e outra espécies bioindicadoras, conseguimos perceber que a área está preservada e o Parque está em um bom estado, cumprindo com os objetivos para os quais foi criado”, avalia.

Fonte: Agências Notícias do Acre

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