O Relatório Planeta Vivo 2010 mostra que os países tropicais, que também são os mais pobres, perderam 60% de flora e fauna nos últimos 40 anos. Em contrapartida, as nações localizadas em zonas temperadas tiveram um aumento de 29%.
O relatório, publicado a cada dois anos pela organização não governamental WWF, aponta ainda que se mantém em alta a tendência de consumo superior ao da reposição de recursos renováveis no ambiente, já registrada na década de 80.
Essa tendência é mais forte em economias de nações ricas ou mais desenvolvidas, seguidas pelos integrantes do Bric, do qual o Brasil faz parte ao lado de Rússia, Índia e China.
Nesse ritmo, tomando-se como base de cálculo o ano de 2007, o mundo levaria um ano e meio para gerar os recursos consumidos e para absorver as emissões de dióxido de carbono (CO2).
A biocapacidade – relação entre a área disponível para agricultura, pastagem e florestas e o potencial de produtividade – também pertencem aos membros dos Brics, sendo o Brasil um dos detentores do título, além de China, EUA, Rússia, Índia, Canadá, Austrália, Indonésia, Argentina e França.
No quesito água, 71 países possuem algum tipo de preocupação com o suprimento e as formas de assegurar, ao mesmo tempo, a saúde de rios, lagos e aquíferos. Desse número, dois terços devem passar à classificação do nível de preocupação entre “moderado” e “severo” -em 1995, 1,8 milhão de pessoas tinham problemas para obter água em áreas consideradas de preocupação severa.
Além do despejo de 2,8 milhões de toneladas de esgoto que retornam à natureza, a captação da água tem provocado uma seca no volume dos rios, como é o caso do Amarelo, que corta toda a China, e do Grande, que fica na fronteira entre os EUA e o México.
Fonte: Jornal Agora