EnglishEspañolPortuguês

SUSTENTABILIDADE

Biodegradável e sem resíduos: japoneses criam plástico "perfeito"

Novo material consegue ser degradado em apenas 2 horas, sem deixar restos de microplásticos no ambiente

27 de dezembro de 2025
Tainá Rodrigues
4 min. de leitura
A-
A+
Foto: Reprodução/YouTube/riken english channel

Pesquisadores criaram um plástico utilizando celulose vegetal de rápida decomposição na natureza, forte e flexível. O estudo, publicado em novembro no periódico Journal of the American Chemical Society, foi desenvolvido pelo Instituto de Física e Química (RIKEN), no Japão.

Os plásticos biodegradáveis demoram muito tempo para serem degradados, principalmente no ambiente marinho e não conseguem incluir microplásticos no processo. Atualmente, já foram descobertos micropartículas de plástico em todos os ecossistemas e até mesmo no organismo humano.

Em 2024, o líder do novo estudo, Takuzo Aida, desenvolveu um plástico capaz de se degradar em água salgada, sem deixar microplásticos no ambiente. Veja o vídeo do novo plástico sendo completamente dissolvido na água após apenas 2 horas:

O novo plástico tem dois polímeros e um deles é extraído da celulose de madeira biodegradável, denominado carboximetilcelulose. Posteriormente, a equipe procurou qual seria o componente do segundo polímero e encontrou um composto de íons guanidínio de polietilenoimina (PEI).

Os dois componentes (celulose e íons) foram misturados e colocados na água em temperatura ambiente. As moléculas de íons estavam carregadas positivamente, enquanto a celulose, negativamente. Essa diferença de cargas fez com que os dois componentes se atraíssem como imãs, formando uma rede reticulada — e dando a característica de resistência ao plástico.

No entanto, na presença de água salgada, as pontes de sal que mantinham a união da rede foram desfeitas. Para atenuar essa possível decomposição acidental, os pesquisadores acreditam que o plástico possa receber um revestimento superficial fino de um polímero biodegradável.

    Você viu?

    Ir para o topo