(da Redação)
Comer apenas um ou dois bifes por semana pode provocar câncer, devem anunciar os cientistas da Organização Mundial da Saúde no próximo mês.
É previsto que Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer da OMS (IARC em inglês) dê o veredito bombástico depois que cientistas se encontrem na França, para discutir o assunto. A decisão deve abalar a indústria da carne.
A IARC avalia as diferentes substâncias de acordo com seu risco de causar câncer, classificando-as em um de cinco grupos. Grupo 1 é “carcinogênico para humanos” ; 2A é “provavelmente carcinogênico”; 2B “possivelmente carcinogênico” ; 3 “não confiável” e 4 “provavelmente não carcinogênico”.
A IARC avaliou, até agora, 982 substâncias – e encontrou somente uma “provavelmente não carcinogênica”. Dentre as 981 restantes, descobriu que 117 são carcinogênicas, 74 provavelmente carcinogênicas e 287 possivelmente carcinogênicas. As outras 503 não são classificáveis.
A indústria da carne teme o pior porque a equipe de 22 membros da IARC irá verificar estudos publicados recentemente que sugeriram que há uma ligação entre o consumo de muita carne vermelha ou processada e o risco de câncer de intestino. As informações são do Daily Mail.
A doença, o segundo maior câncer fatal da Grã-Bretanha, tira 16.000 vidas por ano. Em 2011, o Comitê Consultivo Científico sobre Nutrição (SACN em inglês) do Reino Unido publicou um relatório que descobriu que pessoas que comem muita carne têm mais probabilidades de contrair câncer de intestino.
O Departamento de Saúde subsequentemente emitiu diretrizes aconselhando as pessoas a limitar seu consumo de carne vermelha e processada para somente 70 gramas por dia – ou, grosso modo, 500g por semana. Entendidos no assunto acreditam que a IARC está considerando baixar ainda mais o nível – e que comer mais do que 300g por semana, o equivalente a um bife grande, poderia oferecer risco de câncer.
No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de cólon e reto configura-se como o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens, com 15.070 casos novos, e o segundo nas mulheres, com 17.530 casos novos em 2014.